Everyone Thinks that I like Him - Capítulo 66

Depois que Ye Zhou saiu, imediatamente chamou um taxi e chegou na entrada do dormitório em menos de um quarto de hora. Ele deu vários passos de uma só vez, encurtando o caminho em menos minutos.

Ofegante, abriu a porta do 405. Ye Heng estava sentado em sua cadeira, olhando para um livro.

“Irmão…”, Ye Zhou continuou ofegante: “Você… porque você veio…?”

“Zhou, beba água”, Liu Yutian rapidamente derramou água em um copo, entregando a ele.

Ye Heng pegou um lenço da mesa e quis enxugar o suor de sua testa. No final, Ye Zhou, instintivamente, virou a cabeça, porém sentiu em seguida que estava sendo um pouco indelicado. Pegou o guardanapo da mão do homem e limpou a boca, sussurrando agradecimentos.

Engolindo a água em um gole, sua respiração igualou e ele puxou a cadeira de Shang Jin para sentar-se: “Irmão, porque não me disse com antecedência?”

“Vim aqui para negócios. Pensando que você estava por aqui, vim te ver”.

Ye Zhou relaxou: “Então, quando vai embora?”, assim que as palavras saíram, Ye Zhou não pode deixar de querer dar um tapa em si mesmo. Que tipo de pergunta era essa? Mas, subconscientemente, era o que mais queria saber. O menino se corrigiu: “Quero dizer: reservou um hotel? Se não, posso ajudá-lo a fazer uma reserva”.

Ye Heng, que ficou ferido por alguns segundos, imediatamente foi curado pelo interesse de Ye Zhou: “Estou partindo amanhã de manhã. Ouvi dizer que está alugando uma casa fora. Vou para sua casa e fico lá com você. Nós não nos vemos há tanto tempo, devemos bater um bom papo até tarde”.

Liu Yutian e Ye Zhou disseram em uníssono: “O que?”

“O que há de errado?”

Liu Yutian disse, ressentido: “Nada, nada”.

Ye Zhou disse com um sorriso de vergonha: “Irmão, minha casa é pequena e ruim. Se fosse lá, não teria nem lugar pra se sentar, muito menos para dormir. Irei reservar um hotel para você”.

“Está tudo bem; não sou uma pessoa exigente. Já que você mora lá porque eu não poderia ficar lá também? Além disso, só quero conhecer o lugar onde costuma ficar”.

“Realmente não há necessidade; é apenas um quarto genérico. Não há nada pra ver”. Ye Zhou também se importava em ficar sozinho com Ye Heng, sentindo que seria algo desconfortável. Mudando de assunto, disse: “Irmão, esta é a primeira vez que você vem aqui, vou mostrar os arredores”.

É claro que Ye Heng ficou muito feliz.

“Vou ao banheiro antes”, disse Ye Zhou com uma risada seca: “… estava com tanta pressa que esqueci de ir ao banheiro”.

“Vá em frente”.

Assim que fechou a porta do banheiro, ele abriu a torneira, pegou seu celular e ligou para Shang Jin.

Depois de quatro ou cinco toques, a ligação foi atendida: “Sim?”

“Apresse-se e levante-se, depois arrume a casa. É melhor fazer com que apenas uma pessoa more aí. Finalmente, ajude-me a reservar um hotel. E volte para seu dormitório essa noite”.

Shang Jin não perguntou nada e disse diretamente que entendeu.

Após essa explicação, Ye Zhou ficou aliviado. Fechou a torneira e abriu a porta. Fingindo até o fim, saiu secando as mãos. Foi até Ye Heng dizendo: “Irmão, vamos”.

O homem não suspeitou, acenou para Liu Yutian e seguiu Ye Zhou saindo do quarto.

No andar de baixo, Ye Zhou recebeu uma mensagem de texto de Shang Jin em seu telefone que mostrava um endereço de um hotel. Não pode deixar de admirar a eficiência de trabalho do outro.

Ye Heng esperou até que o outro guardasse o telefone e perguntou: “Zhou-zhou, ainda está tudo bem na escola?”

“Sim, muito bem”.

Silenciosamente, o outro observou sua expressão e continuou a perguntar: “Se está tudo bem, porque você se mudou?”

“Eu…”, a expressão de Ye Zhou mudou e ele disse vagamente: “Foi por minhas próprias razões”.

Ye Heng não foi ao fundo da questão: “Serei transferido para a Cidade A para uma filial aqui no final do ano. A essa altura, definitivamente vou me estabelecer aqui. Desde que não quer morar no dormitório, vamos ver casas amanhã. Podemos alugar uma maior e você pode se mudar comigo. Estou preocupado com você morando sozinho agora. Quando eu me transferir, podemos procurar uma nova casa. Não importa se é alugada ou comprada, vamos viver juntos”.

A ironia do que se chamava ‘um tiro no próprio pé’… era tarde demais para dizer que o lugar alugado tinha um ambiente muito bom?

Ye Zhou, sem jeito disse: “Mas eu já paguei meio ano de aluguel por esse lugar”.

Ye Heng disse de maneira extravagante: “Não importa. Seu irmão te pagará de volta por mais que você gaste”.

Não era questão de ter dinheiro ou não…

Quanto mais ele falava, mais não conseguiria se justificar, então Ye Zhou só podia mudar bruscamente de assunto: “Vou levá-lo ao redor do campus primeiro”.

“Claro. Originalmente, quase me inscrevi aqui. Naquela época estava hesitando entre duas escolas”, o homem deu um tapinha no ombro de Ye Zhou: “Agora que está na Uni A, poderia ser contado como uma compensação pelos meus arrependimentos”.

Talvez o ambiente fosse familiar e mesmo que Ye Zhou ficasse um pouco desconfortável perto de Ye Heng ainda poderia apresentá-lo à sua escola.

Essa foi a primeira vez que o homem viu seu irmão mais novo tão falador. Enquanto estava aproveitando, começou a duvidar de seus pensamentos anteriores.

Às três e meia foi justamente quando as aulas acabaram. Passando pelos prédios, muitos alunos passavam.

Um garoto do mesmo dormitório viu os dois e perguntou: “Ye Zhou, o que está fazendo? Porque não está com Shang Jin?”

Ye Zhou lançou um olhar rápido para Ye Heng e respondeu rapidamente: “Meu irmão veio hoje e estou passeando com ele”.

“Certo, então”.

Ye Zhou suspirou de alívio enquanto observava a outra pessoa saindo.

Ao longo do caminho encontraram muitas pessoas. As perguntas eram quase sempre as mesmas: Onde está Shang Jin? Isso fez com que Ye Zhou começasse a revisar: sempre foi tão preso a Shang Jin que deixou todos boquiabertos quando saiu sozinho.

“Parece que você se dá bem com todos”. Parecia que um peso havia saído da mente de Ye Heng. O que mais o preocupava era o fato de o irmão ter sido intimidado, mas agora parecia que os fatos eram bem diferentes da sua própria imaginação. Ele não disse: seu irmão era tão bom, como poderia não ser amado por todos? Mesmo quando estava na faculdade, não passava por um metro da rua sem que não fosse cumprimentado ao longo do caminho.

Assim que disse isso, outros amigos de Ye Zhou vieram.

“Aiyo, Ye Zhou está sozinho hoje?”

Ye Zhou viu jogadores de basquete e imediatamente os cumprimentou familiarmente: “Vocês vêm do campo esportivo?”

“Sim, fomos treinar”, originalmente o cumprimentaram casualmente, mas quando viram Ye Heng que estava inclinado perto de Ye Zhou, houve uma pergunta vigilante: “Onde está Shang Jin?”

Era Shang Jin novamente. A pálpebra de Ye Zhou se contraiu e ele insistiu: “Ele tem seus próprios assuntos”.

Outra pessoa do time insistiu: “Você e Shang Jin brigaram de novo?”

“Realmente não!” Ye Zhou empurrou a pessoa: “Esse é meu irmão mais velho. Apenas vá”.

As pessoas soltaram um longo suspiro de alívio: “Ah, então é isso. Não vamos mais incomodá-lo”.

Ye Heng, que estava ouvindo a coisa inteira, não conseguiu fingir, mesmo que quisesse. Disse desconfiado: “Quem é Shang Jin?”, se ele se lembrava corretamente, a pessoa na tela do telefone do colega de quarto de Ye Zhou começava com ‘Shang’. Após o irmão não atender aos telefones, foi contatando essa pessoa que conseguiram encontrá-lo.

Mas, Ye Zhou não levantou a cabeça e simplesmente disse: “Apenas um amigo meu”.

“Só isso?”. O homem olhou para os punhos nervosos: “Ouvi dizer que a biblioteca da sua escola é grande. Cadê? Poderia me levar lá para ver?”

Ye Zhou não poderia ter desejado mais nada. Enquanto caminhava, disse: “Geralmente, adoro visitar a biblioteca. Há muitos livros e há também aqueles que não se pode encontrar por aí. Também…”

Ouvindo Ye Zhou jorrando palavras, Ye Heng parou, de repente, e o observou silenciosamente.

“O que há de errado?”

Ye Heng riu e disse: “Só de pensar que negligenciei demais meu dever de irmão mais velho. Tenho sido seu irmão há vinte anos, mas sinto que estou conhecendo você pela primeira vez”.

“Como… como pode isso…”, Ye Zhou abaixou a cabeça e se sentiu envergonhado para falar mais uma vez.

“Vamos descansar”.

Ye Zhou trouxe Ye Heng a cafeteria da escola e pediu duas xícaras de café.

Ao passear pelo campus, poderia continuar procurando tópicos, mas depois que pararam, tudo parecia um pouco estranho.

Como se estivesse apontando especificamente a angústia do outro, Ye Heng disse com um sorriso: “Porque não está mais falando?”

Ye Zhou tomou um gole de café: “Não, nada”.

Ye Heng não o envergonhou mais: “Na verdade, antes de vir aqui, sempre estive preocupado que você estivesse tão infeliz quanto estava em casa. Hoje, estou feliz de vê-lo confortável na escola e de que tem tantos amigos”.

O menino coçou a cabeça e disse: “É porque é fácil de estar junto com os colegas”.

“Não se sente à vontade quando está em casa, então eu não o culpo de não querer ir para lá”.

Os lábios de Ye Zhou se moveram, mas por fim ele não refutou.

“Zhou-zhou, o que quer que sinta sobre nossa família, precisa sempre se lembrar”, Ye Heng disse sinceramente: “Você é um orgulho para esse irmão. Sempre fui feliz por ter um irmão tão notável”.

O nariz de Ye Zhou estava azedo: não era seu irmão mais velho que era seu orgulho? Quase se esqueceu de que uma vez apontou para sua foto no quadro de honra e orgulhosamente o apresentou aos seus amigos que esse era seu irmão. Não sabia em que ponto seu orgulho se tornou um ciúme feio, como uma montanha o esmagando. Toda vez que sentia que poderia se levantar sob a forte pressão, era preso para baixo mais e mais.

Mas sem saber, essa montanha nunca foi uma montanha, mas também um sinal de trânsito no deserto, esperando silenciosamente no mesmo lugar. Só que ele evitar olhar para isso. Unilateralmente transformou seu irmão em um inimigo, aprisionando e ferindo seu ente querido mais próximo.

Ye Zhou inclinou a cabeça e sussurrou: “Sinto muito…”

“Somos uma família, não há nada para se desculpar”. O homem esfregou sua cabeça e disse: “E o que eu disse é verdade: no meu coração, você é muito melhor do que eu”.

Não havia como acreditar naquelas palavras de conforto: “Sem chance. Obviamente, meu irmão mais velho ainda é o mais poderoso. Desde jovem, é o melhor em tudo o que faz”.

“Acho que você é mais capaz de fazer amizade com muitas pessoas. Para ser justo, é algo que não consigo”.

“Eu disse antes, é porque todo mundo aqui é de fácil convivência”.

Ye Heng mexeu o café com uma colher e disse “Agora, vamos falar sobre Shang Jin”.

Ye Zhou estava estupefato. Não foi uma mudança tão rápida de tópico?