Everyone Thinks that I like Him - Capítulo 72 - Extra
Infelizmente, quando Ye Heng propôs sobre a refeição, Shang Jin teve que recusar porque ele realmente não conseguiria. Quando recusou, porém, acrescentou: “Grande Irmão, venha comer em casa amanhã?”
A frase ‘comer em casa’ fez a insatisfação original de Ye Heng se dissipar imediatamente.
Shang Jin sempre foi capaz de descobrir o que o outro estava pensando.
Desde que ele e Ye Zhou começaram a morar juntos, as duas pessoas tiveram que aprender a cozinhar. Claro, na maioria das vezes, ainda comiam na cantina. Apenas em seus dias de descanso iam ao supermercado comprar comida e depois pesquisavam receitas e cozinhavam de acordo.
O jovem foi capaz de, finalmente, enviar seu primo irritante embora devido aos próximos feriados de Ano Novo.
No caminho de volta, entrou no supermercado e pensou que, mesmo que perguntasse a Ye Zhou sobre o que seu irmão gostava o outro não teria certeza. Assim, Shang Jin teve a liberdade de comprar alguns ingredientes de maior qualidade.
Encontrou Ye Zhou na entrada da comunidade.
“Porque não me ligou dizendo que iria fazer compras?”, o menino caminhou rapidamente e pegou as coisas das mãos do outro. As mãos de Shang Jin estavam avermelhadas por carregar coisas tão pesadas por tanto tempo: “Você comprou demais”.
“Não tinha certeza do que seu irmão gostava, então comprei frango, peixe, pato e carne”.
Ye Zhou deu uma espiada na sacola: “Tanto assim? Conseguiremos comer tudo?”
“Nós conseguiremos sim. Há uma grande variedade, mas em pequenas quantidades”.
Quando voltaram para casa, Ye Zhou tirou os ingredientes antes de entender o que o outro dizia.
Eram vários tipos de carne, mas na verdade, não mais do que três filés de cada tipo. Aliás, havia também um saco de camarão e alguns vegetais verdes.
Ye Zhou trocou de roupa casual e tirou o avental do gancho, envolvendo-o em torno de si e arregaçando as mangas: “Hoje, deixe-me mostrar minhas habilidades”.
“Não, eu que deveria fazer isso”.
“Você mesmo não disse que eu fiz avanços na culinária?”
Shang Jin tossiu: “Foi apenas um progresso”.
Progresso significava melhor que da última vez, mas definitivamente não estava dizendo que o nível era realmente alto.
O menino tirou timidamente o avental: “Se não me der a chance, como posso treinar para ser um ótimo chef?”
Isso também era irritante de mencionar. Quando começaram a viver juntos os dois não sabiam como era cozinhar. Mas Shang Jin praticou algumas vezes com receitas e já estava fazendo um trabalho bastante decente e até o sabor já era bem agradável. Quanto à Ye Zhou parecia ter sido abandonado completamente por Deus; não podia ser chamado de assassino de cozinha, não seu trato não era muito bom.
Pessoas comuns consolavam-se que os mais capazes fazem o trabalho máximo; no que diz respeito à culinária dos dois, havia apenas um que poderia fazer muito bem.
Ye Zhou argumentou com convicção: “É porque não posso cozinhar que deveria praticar mais. Como posso recuar quando me deparo com uma dificuldade? Você e eu somos estudantes universitários comuns. Com base em que você pode fazer mais do que eu?”
Contando com a perseverança que cresceu, a cozinha Shang Ye foi ‘tomada’ por Ye Zhou na maioria das vezes.
Foi a primeira vez que Shang Jin odiou a teimosia de Ye Zhou. Não podia simplesmente monopolizar os direitos à cozinha, mesmo que quisesse. Quanto mais dizia que era difícil de comer, mais Ye Zhou cozinhava com entusiasmo.
Felizmente, Ye Zhou realmente fez o que disse e melhorou quanto mais praticava. Mas é uma pena que isso só tenha sido melhor em comparação com o passo anterior.
Shang Jin suspirou e disse: “Hoje não é hora de demonstrar suas habilidades culinárias. É um jantar de verdade”.
O menino estava claramente ciente desse tipo de coisa, mas considerava-se apenas um nível abaixo de Shang Jin. Estava ansioso para se destacar, não podia negar que aquilo tudo era um golpe mental.
Olhando para a aparência murcha do outro, Shang Jin pegou uma batata na mesa e jogou para ele: “… mas hoje pode ser o dia de mostrar seu trabalho com a faca”.
Ye Zhou respondeu com relutância: “Tudo bem”.
Quando Ye Heng chegou, o apartamento estava cheio de vida.
O perfume da cozinha enchia a sala de estar. Havia vasos de flores no peitoril da janela e havia poucas bugigangas do casal espalhadas pela sala. Se alguém dissesse que havia muitas coisas no quarto, provavelmente eram livros. Podia-se ver livros sobre a mesa, sofá e a mesinha de centro.
“Irmão, espere um pouco. Estaremos prontos em um minuto”, depois de abrir a porta, Ye Zhou entrou na cozinha para continuar.
O homem o seguiu e apareceu na porta da cozinha. O cabelo de Shang Jin estava uma bagunça, suas mangas enroladas até o cotovelo e um avental branco, de comprimento médio, estava amarrado em sua cintura. Parecia mais vivo do que quando Ye Heng o encontrou pela primeira vez. No entanto, quando Shang Jin o viu, sua expressão voltou a ser como tinha sido antes.
“Grande Irmão Ye”.
A cozinha era pequena e já estava um pouco cheia com duas pessoas. Se houvesse uma terceira pessoa aqui, parecia então que não seriam capazes de andar.
Ye Zhou empurrou Ye Heng para dentro da sala: “Irmão, pode assistir a TV. Jantaremos em um momento”.
“Ok”, o homem voltou a pequena sala de estar e sentou-se no sofá. Suas mãos tocaram livros e ele o pegou, olhando duas caligrafias distintas em uma página. Uma confiante e à vontade e a outra limpa e bonita.
Meia hora depois, Ye Zhou saiu com a louça e logo preencheu a mesa.
Ye Heng olhou para a mesa cheia e disse: “Somos apenas três pessoas. Porque preparou tanto?”
“Não se preocupe, conseguiremos terminar”. Ye Zhou preparou os pratos e os pauzinhos. Sentou-se e pediu a Shang Jin: “O que está fazendo que ainda não vem?”
Shang Jin saiu com uma garrafa de vinho tinto. Olhando para as informações do rótulo, disse: “Peguei essa garrafa em casa. Não é bom pegar as coisas de passagem”. Ele disse isso, mas provavelmente seu pai não ficaria chateado. Desde que o filho não usou o carro nem gastou um centavo da família, seu pai se virou de todas as maneiras e usou todos os tipos de métodos para levá-lo a aceitar coisas.
Após a refeição, os anfitriões e convidados ficaram extremamente satisfeitos. Como Ye Zhou disse, conseguiram terminar tudo.
Ye Heng estava visivelmente satisfeito com os resultados. Depois do jantar, sua atitude em relação a Shang Jin era muito melhor.
“Zhou-zhou, não pode apressar sua questão de ‘sair’”. Neste ponto, Ye Heng sentia-se um pouco culpado por Shang Jin. Esperava que ele levasse mesmo a vida com responsabilidade, mas tinha outra atitude com relação ao seu próprio irmão: “Nossos pais realmente não—”
“Entendo”. Shang Jin tomou um gole de água com mel: “Esse tipo de coisa é difícil de aceitar para uma família tradicional. Também disse a Ye Zhou para não ser impulsivo e esperar até a formatura”.
“Vocês dois são bons meninos”, o homem deu um tapinha no ombro de Shang Jin: “Farei o meu melhor para trabalhar com meus pais nesses dois anos, até para melhor prepará-los”.
“Obrigado, irmão”.
O menino saiu da cozinha com um prato de frutas e disse: “Venha comer laranjas. Shang Jin, onde você as comprou? Estão tão doces”, dito isso, pegou um pedaço e enfiou na boca do outro: “Não é realmente doce?”
Se Ye Heng não estivesse lá, Shang Jin teria dito ‘você é ainda mais doce do que essa laranja’.
O cachorro solteiro, camarada Ye Heng, disse com muito tato: “Certo. Há muito tempo para recuperar o atraso. Vamos parar por hoje”.