Died before the Wedding - Capítulo 11
Depois disso, todos os conflitos que tive com ele desapareceram. Ele era como sempre foi.
Ficou longe de problemas e viveu sua vida como deveria, como um velho canalha.
Só que toda a classe teve que fazer um desvio sempre que o viam.
Era como se as palavras ‘não incomode’ estivessem estampadas em seu rosto.
Eu me senti incrível quando passei um tempo com ele.
Não pude deixar de querer dizer mais. Ele ouvia em silêncio todas as vezes e a expressão em seu rosto era sempre a mesma. Ele nunca falava bobagem e sua resposta sempre acertava em cheio.
Eu me esforcei muito para fazer ondas em seu rosto, para que me respondesse algo, encarando como se fosse um desafio diário.
Queria me aproximar dele, queria fazer tudo relacionado a ele, ler os livros que costumava ler, saber o que gostava de fazer, trabalhar e economizar para tentar comprar algo para ele, mesmo que ele nunca pedisse.
Gosto especialmente desse sentimento e não sei dizer quando passei a gostar do sentimento de gostar dele como pessoa.
Pode ter sido aquela linda e mágica manhã em que a luz solar foi repentinamente lançada em um céu não tão claro e ele estava lá esperando por mim enquanto eu corria para o ponto.
Ou talvez tenha sido aquela vez em que estava estudando com ele à noite e simplesmente não consegui voltar antes do portão ser fechado e ele me levou para seu dormitório para passar a noite.
Deixou uma impressão profunda em mim.
Estava um pouco frio em seu dormitório, todos estavam ocupados com seus próprios trabalhos e o único som que se ouvia ao entrar era o som de códigos sendo digitados.
Ele vestiu um colete preto muito grande, o que deixou sua pele muito clara com o contraste. Sua figura era esbelta e parecia muito frágil.
Ele disse: “Quer uma fruta?”
Voltei aos meus sentidos e disse: “Sim”.
Ele então destampou duas latas com as mãos vazias.
Achei que deveria estar ficando louco, meu coração batia inexplicavelmente mais rápido e eu não conseguia tirar os olhos dele.
Vi as fortes linhas musculares de seu abdômen e braços e seus cílios que piscavam de vez em quando.
Quando estávamos sentados no mesmo sofá, podia sentir o cheiro da fragrância na nuca dele.
Foi muito tentador.
Fiz o possível para ficar longe desse cheiro perigoso e fingi perguntar casualmente: “Sênior, você cheira tão bem, que marca de gel de banho usa?”
Ele disse que não sabia e que era sua mãe que comprava todos os produtos de higiene para ele. Caso ele não reclamasse da marca, continuaria comprando.
Eu me lembrava daquela noite vividamente.
Meio de lado para mim, meu coração estava enlouquecendo. Tive que lutar para evitar que o calor dentro de mim o beijasse na nuca ou mordesse com força seu pescoço.
Percebi algo inacreditável e irreversível. Eu poderia ter mesmo me apaixonado por um homem.
Havia um certo desejo que me permitia separar claramente esse sentimento da amizade.
O que Lin Chu pensaria de mim se descobrisse?
Eu não queria pensar sobre isso.
Fiquei assustado ao saber sobre isso e fui ao hospital fazer um exame de sangue. Lembrando disso, era ridículo e infantil pensar dessa forma.
Essa pessoa, inconscientemente, se enraizou no meu coração até que cada movimento seu tocou meu coração, e eu soube que não tinha esperança.
Naquele dia eu disse: “Eu gosto de você, Lin Chu. Você quer tentar comigo?”
Ele ficou em silêncio.
Quando as pessoas são jovens, sempre se sentem destemidas e decididas. Mas naquele momento eu estava mesmo morrendo de medo. Eu pensava ‘E se não pudéssemos mais ser amigos?’. Achei que, mesmo que ele me ignorasse, eu me apegaria a ele teimosamente.
Então ele concordou.
Senti como se estivesse sonhando. Na verdade, belisquei tão forte minha coxa, que ficou azul, e ainda me senti como em um sonho.
Só quando ele tomou a iniciativa de me beijar e nos abraçamos longamente num canto deserto do jardim, com os lábios entrelaçados, é que saí do transe. Não pensei mais que estava sonhando, o calor que vinha de seu corpo era real.
Eu estava feliz a ponto da loucura.
Fiz amor com ele pela primeira vez no dia seguinte.
Eu realmente não podia esperar, e eu era tão inexperiente, imprudente. Queria mesmo era possui-lo de uma maneira jovem e imprudente, para marcá-lo para todos aqueles que uma vez o cobiçaram.
Ele era de Xie Chenmin e ninguém teria a permissão de tocá-lo.
Se ele não tivesse me avisado que me daria uma surra caso eu ousasse deixar marcas nele, eu teria levado a cabo essa ideia maluca e infantil.
Na primeira vez se conteve e não disse nada. Perguntei se doía, ele apenas franziu a testa e disse para continuar.
Não foi até que, finalmente, ele não pode deixar de molhar os cantos dos olhos vermelhos que eu soube que tinha feito um péssimo trabalho na primeira vez.
Ele sempre se adaptava a mim. Em todos os momentos.
Tanto que tive um pressentimento de como seria minha vida se não tivesse essa pessoa.
***
Antes de abrir os olhos, vi nossas memórias como um farol giratório na minha mente. Cada momento piscando em meus olhos.
Sempre foi bom ter mais lembranças de coisas boas, para me libertar temporariamente da realidade de que o perdi por um tempo.
Mas é preciso sempre olhar para frente e mesmo os sonhadores teriam que acordar um dia.
Acho que vou ter que continuar vivendo.
O sol brilhava forte no dia em que recebi alta do hospital. Zhaocai veio me pegar, abanando seu rabo branco e fofo e veio acariciar minha perna.
Eu disse: “Vamos, vamos comer umas salsichas”.
Ele me deu um ‘Au’.
Mamãe ainda estava preocupada. Pedi desculpas e prometi a ela que não teria mais essas ideias idiotas.
Naquele diz que levei Zhaocai para ver o túmulo do gatinho, mamãe foi ver nosso pai e eu fui ver você.
Que família cheia de problemas e infortúnios nós éramos.
***
Lin Chu, Chu.
Terminei de ler seu diário.
Li durante cinco anos.
Você não pode me culpar por isso, culpe a si mesmo. Várias de suas páginas foram diluídas em um parágrafo e, não pude evitar… acabei de ler mais de uma página por dia.
Estou indo muito bem agora. Larguei meu emprego e virei freelancer. Escrevo um pouco todos os dias e assumi um trabalho de planejamento e administração.
Meus três colegas de quarto estavam planejando abri um negócio juntos, acabaram de arrastando junto.
Agora nossa empresa está indo bem, exceto pelos garotos do departamento de programação que, ocasionalmente, se metem em problemas.
Ele brincam que se você fosse o chefe do departamento, poderíamos ser muito mais forte do que somos agora.
Ganho dinheiro suficiente para sustentar minha mãe e a todos os pequeninos da casa.
Peguei outro gatinho na rua, mas tinha um temperamento totalmente diferente de Jinbao. Fora o fato de esses dois trabalharem muito bem juntos para fazer bagunça na casa quando não estou por perto, quase sempre brigam por comida e espaço.
Deixaram a casa muito animada.
Além disso, eu me tornei ‘pai’.
Não esperava?
Adotei a filha do motorista [do atropelamento] como minha afilhada e pensei em fazer o que podia para ajudá-los.
Chu, eu me diverti muito.
Chu, sinto sua falta.
Ainda não consigo esquecer sua aparência, sua voz. Não posso sair procurando outra metade que me faça companhia. Estou tentando me ajustar à vida sem você, não se preocupe comigo.
Esqueça: ainda tenho nossa mãe, um cachorro, um gato e uma filha. Não estou nem um pouco sozinho e não tenho pressa em mudar isso.
Chu, depois de cinco anos de persuasão e importunação, seus pais finalmente me deixaram entrar para tomar uma xícara de chá.
Acho que se continuar trabalhando por um ano ou dois, provavelmente poderei mudar completamente a opinião deles sobre mim.
Chu, eu compilei nossa história em um romance e postei na internet, não esperava que fosse tão popular.
O Lin Chu dentro dela viveu cem anos. E o Xie Chenmin ainda gosta muito de Lin Chu.
Chu…
–FIM–
Nota do tradutor: há um extra que foi postado pelo autor um tempo depois do Weibo.
Obrigada pela tradução 🌸
Se já tinha chorado tanto assim não me lembro 😿😿😿