My Home is not a Magical Creature Farm - Capítulo 26 - O porão
Uma luz pálida brilhou no porão escuro e refletiu como um ponto luminoso na parede. Embora houvesse a luz da lanterna, ainda deixava a escuridão em outros lugares.
Kyfayar, segurando a lanterna, deu um passo discreto e Quentina o seguia com apreensão.
“Eu vou te dizer porque o aluguel desta casa foi tão barato. Deve ser um truque. Pensei que eram apenas as péssimas condições de vida, mas não esperava que fosse mal assombrada”. A vampira disse, calmamente: “Este não é apenas um filme sobrenatural, mas um filme de terror e assassinato. Haverá um assassino por perto? Ou será o dono da casa um maníaco sanguinário?”
O jovem lobisomem moveu-se a luz iluminou a esquerda. De repente, ela gritou e a lanterna caiu de sua mão com um susto.
“Srta. Quentina! Por que está em pânico? Não tem visão noturna?”
“Estou nervosa justamente por que tenha visão noturna. Eu vi tudo”
Kyfayar pegou a lanterna enquanto suportava o grito ensurdecedor e a sacudiu, ligando-a e iluminou a escuridão.
Dentro do brilho da luz pálida, havia uma antiga cadeira reclinável. Um esqueleto estava deitado nesta cadeira com a cabeça torta, vestindo uma roupa bastante luxuosa, um robe de seda.
“É isso! É isso!”. A vampira virou morcego: “Um cadáver! Oh, meu Deus! Não pensei que havia coisa tão tenebrosa nesta casa! Um corpo! vou fazer uma reclamação! Vou tirar o proprietário e a agência do mercado!”
Kyfayar deu alguns passos com uma cara de madeira, olhou para aquilo com atenção, virou a cabeça e suspirou impotente: “Srta. Quentina, a senhora está chocada demais. Não é um corpo, de forma alguma, é um esqueleto”
“O que está dizendo?”. Quentina parecia pálida.
“Se fosse um cadáver, apodreceria antes de se transformar em ossos brancos e as roupas sobre ele não ficariam tão limpas”. O jovem puxou o robe de seda: “Veja, está tão limpo, como se fosse novo”
“É um manequim?”
“Certamente. Qual senhorio alugaria uma casa com um cadáver no porão? Não teria medo de alguém chamando a polícia? Se é um modelo de esqueleto humano, faz sentido. Bem, o proprietário desta casa até vestiu o modelo para colocá-lo no porão. É tão engraçado”
“Que mau gosto! É horrível! Horrível!”
“Além disso… por que tem medo de cadáver? Você não é imortal?”
Quentina ficou indignada: “As pessoas podem se assustar com qualquer coisa. Por que os mortos-vivos não podem ter medo de pessoas mortas? Não generalize. Assim como os mamíferos, humanos não gritam quando veem morcegos e ratos?”
“Não vai te machucar”. Kyfayar deu a volta pelas costas da cadeira, agarrou a mão do esqueleto, acenou amigavelmente para ela, forçou uma voz, dizendo: “Olá, Srta. Vampira, sou o pequeno esqueleto. Prazer em conhecê-la”
Sob a luz da lanterna, o rosto de Quentina mudou muito e a cor da pele, originalmente pálida, agora estava com uma camada de giz branco.
“Oh… meu…Deus…”, ela apontou para o esqueleto na cadeira e parou de falar.
O que está errado?
Ele jurou que não moveu o esqueleto, apenas tocou em seu braço! Depois de alguns segundos, a cabeça do esqueleto virou-se para Kyfayar, e o osso do pescoço rangeu.
“Rapaz, você está sendo indelicado. Abaixe meu braço”, disse o esqueleto.
***
Finalmente livre do lobisomem e da vampira, Augusto foi capaz de desfrutar de um momento de paz.
Estava deitado na cama, sonolento. Queria se trocar e ne queria entender por que estava sendo tão azarado recentemente. Fosse entrando na delegacia de polícia, ou adoecendo depois de se molhar… parecia ter passado por todo mau agouro do ano. Esperava ter sorte no futuro, caso contrário realmente iria—
“AAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!!”
Os gritos de terror aumentaram à distância. A porta foi escancarada e Kyfayar e Quentina entraram correndo e caíram sobre Augusto. O mago ficou tão perturbado com o peso deles que quase vomitou todas as misturas de ervas que acabara de tomar.
“Qual é o problema?”, ele gritou: “Esta é a minha cama, não um playground de shopping de Natal! Por que pular na minha cama? Não, não, não! Saiam daqui! Não entrem no meu cobertor”. Ele chutou o lobisomem para longe.
“buá-buá… Lorde Augusto, a coisa não é boa… buá-buá!”, Kyfayar estava chorando.
“O que é que há?”
“Havia um porão… glup!… fomos até o porão… glup! … e encontramos… glup!… tinha lá um…”, Quentina agarrou a manga e soluçou.
Augusto conjecturou: “Havia lá um livro mágico para invocar o Grande Deus do Mal?”
Eles balançaram a cabeça e nem sequer conseguiram falar. Augusto estava cheio de pontos de interrogação. Desde que este não era um drama de horror, o que havia no porão que os fazia agir como avestruzes?
Houve um ligeiro som de passos do lado de fora da porta
Thump-thump-thump.
O som era alto, mas não como solas de sapatos.
Thump-thump-thump.
Os passos vieram direto para a porta.
Thump-thump-thump.
O coração de Augusto subiu à garganta. Ele instintivamente queria lançar uma magia de defesa, mas agora seu cérebro estava cheio de pasta, não conseguir se lembrar nem da metade do mantra.
Rangido: Creeeackkk!
A porta que não havia sido fechada estava totalmente aberta. Um esqueleto de robe de seda entrou no quarto.
Augusto ficou sem palavras.
O que é isso? Por que havia um esqueleto em uma casa de férias? Esta era definitivamente uma tendencia de contos de terror! Crianças tolas, o que vocês fizeram no porão? O que fizeram para provocar esse esqueleto? Vamos ser mortos por esse cara? Afinal, por qual outro motivo apareceria um esqueleto aqui? Nunca pensei que minha vida acabaria assim!
“Esse aí…”, Augusto hesitou: “Você é o Deus da Morte?”
Agora o esqueleto ficou sem palavras.
Augusto exclamou tristemente: “Oh, eu sabia! Deveria ter feito um testamento! Não deveria ter ouvido as bobagens desses dois idiotas! Agora é tarde demais! Toda minha herança pertencerá àqueles parentes distantes desagradáveis!”
O esqueleto ergueu a mão direita e coçou a nuca. O mago não entendia esse gesto, em teoria, a nuca não deve ser coçada: é sinal de confusão.
“Er? Acho que vocês entenderam mal”, disse o esqueleto educadamente: “… mas eu não sou o Deus da Morte”
“Então, o que é você?”
“É rude perguntar ‘o que’ eu sou. Hoje em dia, os jovens estão se tornando mais e mais indelicados. A etiqueta está realmente diminuindo no mundo. Pelo menos, o que você deve perguntar é ‘quem é’ você”, respondeu o esqueleto.
Augusto se acalmou (ele parecia tonto como se estivesse com febre alta) e queria perguntar quem era aquele esqueleto.
Mas Quentina exclamou de repente: “Não pergunte, Sr. Augusto! Se você perguntar, ele dirá ‘há-há, você sabe demais, não posso poupar sua vida, apenas morra!’. Eu sei, essa é a ordem natural de filmes de terror. Não pergunte!”
“Sim!”, Kyfayar reforçou: “Não vi muitos filmes de horror, mas a Srta. Quentina parece ter visto muitos deles. Deve haver algum motivo para ela dizer isso!”
“Kyfayar! Quentina! Chega vocês dois!”
“Não… Sr. Augusto! Além do mais, não podemos deixar que ele saiba nossos nomes, caso contrário… oopss! Nossos nomes vazaram? Wua-wua-wua… eu sou muito jovem, apenas 400 anos… não quero morrer novamente… wua-wua-wua…”
O esqueleto – como se tivesse olhos – olhou para eles, os três gritaram como se o fim do mundo estivesse chegando. Era o suficiente para derrubar a casa.
Ele os observou calmamente por um tempo, e em seguida, disse: “Na verdade, eu sou o dono desta casa”