My Home is not a Magical Creature Farm - Capítulo 37 - Mal-entendido?
“Sua risada é tão repugnante!”, Augusto odiava.
Detentor do Fogo rapidamente concordou: “Sim, sim, é nojento!”
“Gosto de enojar as pessoas”, Cavaldien respondeu descaradamente.
O dragão apontou para o feiticeiro e reclamou para Augusto: “Olha! Com pode haver tal pessoa no mundo? Pode tolerar tal pessoa morando em sua casa? Pois eu não posso! Livre-se dele. Detone ele com sua magia ou algo assim!”
“… Tem certeza que quer isso? Sua linda casa pode sofrer”
Detentor do Fogo de repente percebeu: “Sim, você tem razão”
Augusto suspirou. O QI do dragão negro é tão problemático. Não é de admirar que o outro tenha invadido sua casa.
“Vamos sentar e conversar”, disse Cavaldien, sentando-se no sofá dourado: “Todos sabem que minha perna não é boa e não posso ficar muito tempo em pé”
“Não acredite nele”, Detento disse a Augusto: “Ao lutar contra os vampiros, ele corria mais rápido que eles”. Sentou-se com raiva de frente para Cavaldien, que nesse tempo, já encarava o mago.
O mago zombou: “Um paraplégico, mas evita vampiros?”
“Ele foge deles”, Detentor do Fogo concluiu.
“Ai, ai… eu deveria saber – droga, esse sofá é tão duro!”. Augusto tinha acabado de sentar-se apenas para pular de volta.
O feiticeiro puxou uma almofada debaixo dele e jogou para o mago: “Estava enfrentando um mestre vampiro de nível ancestral. Não deve se apressar para lutar sem preparação completa. É errado escolher a tática de retirada?”
O dragão inclinou-se para o ouvido de Augusto e sussurrou: “Ele sabia. Se você não pode vencer, não tente”
“… Consigo te ouvir”, Cavaldien sorriu educadamente.
Pego entre os dois que estavam envolvidos em uma rodada de troca de farpas, Augusto sentiu um embaraço sem precedentes. Ele não era um mediador de casais, por que estava envolvido nisso?
“Bem, vamos voltar aos negócios. Cavaldien, Detentor do Fogo está muito zangado sobre o fato de você ter vindo para sua casa sem permissão. Como poderia deixar de ouvir o dono e se mudar descaradamente contra sua vontade?”
O feiticeiro levantou as sobrancelhas, ergueu a bengala na mão direita e atingiu o chão de forma pesada: “Meu amigo, o que você quer dizer com ‘vir sem permissão’? Nós vivemos juntos. Neste caso, esta é minha casa. Tenho que obter permissão para retornar à minha própria casa?”
“Não escute esse absurdo!”, Detentor gritou: “Não existe tal coisa! Desde quando vivemos juntos?”
“Eu digo o mesmo. Augusto, não pode simplesmente ouvir uma versão unilateral dele ou será enganado”
O mago apoiou a testa com dificuldade: “Não faça alardes, Cavaldien. Você tem alguma evidência?”
“Bobagem! A porta desse apartamento está equipada com trancas de detecção de digital. Originalmente, apenas a digital de Detentor do Fogo poderia abri-lo. Mas eu perguntei a ele”, Cavaldien olhou direto para o dragão negro: “se também podia registrar a minha impressão digital para que quando eu viesse não teria inconvenientes para a entrada. Ele concordou. Isso é o equivalente a dizer que ele me deu as chaves de sua própria casa e permitiu que eu entrasse e saísse livremente. Portanto, não existe esse tal problema de invadir sua casa”
Detentor olhou para o feiticeiro com horror: “Não! Diferente do que você diz! Eu não quis dizer isso de forma alguma: sou apenas um preguiçoso para abrir a porta para você todos os dias. Não é uma questão de deixá-lo entrar e sair livremente”
“Além disso, uma vez perguntei se poderia disponibilizar um quarto para mim, já que a casa é grande. Caso contrário, sempre que viria, teria que ficar em um hotel, sendo que claramente há quartos vazios aqui. Você concordou, assim eu trouxe alguns pertences pessoais. Acho que isso significa me aceitar como um coabitante. Augusto, não é mesmo?”
Augusto zumbia: “Mmmm”
Detento do Fogo deu um respiro frio: “Não, não, não! Não significa nada disso! Apenas pensei em você tão pobre e infeliz, provavelmente incapaz de pagar algum hotel de luxo, então te dei um quarto aleatoriamente! Como podemos ser coabitantes?”, ele pegou o cotovelo de Augusto e pediu ajuda: “Sei que na sua cultura humana, duas pessoas vivendo juntas têm um significado especial, mas realmente eu não quis dizer nada disso dessa maneira!”
Cavaldien zombou: “Oh, de fato, então apenas ajudou aos pobres e transformou sua casa em uma central de ajuda, é isso o que significa?”
“Sim, sim. É quase isso”, o outro assentiu.
“Sendo assim, o que significa você indo para minha cama no meio da noite?”
A expressão que Detentor do Fogo mostrava era como se tivesse sido bombardeado por um trovão: “Isso é para ajudar suas necessidades fisiológicas. Eu sou o anfitrião. Não é mais do que razoável o anfitrião atender às necessidades dos hóspedes? Vou te dar comida quando está com fome, vou te dar bebida quando está com sede. Quando estiver com calor ou frio, vou ajustar a temperatura do ar condicionado. Se você se sentir entediado, levo você para brincar. Se tem necessidades sexuais, eu vou te ajudar…”. Sua voz morreu porque Augusto estava olhando para ele com olhos arregalados: “Er… foi ele quem disse isso primeiro. Perguntei se ele precisava de alguma coisa. Ele disse que me queria, então eu só… é difícil. Estou errado? Só estou tentando ser um bom anfitrião, isso é errado?”
O dragão negro era ‘muito atencioso’ ou poderia dizer que tinha algum problema em seu cérebro? Augusto abanou a cabeça.
Incapaz de obter alguma resposta de seu aliado, Detentor gaguejou: “É um engano, um mal-entendido! Todos nós nos confundimos, ok? Está bem, está bem… mesmo que seja minha culpa! Mas está querendo me forçar a casamento. Pelo que sei, na cultura humana, mesmo a coabitação não necessariamente leva ao casamento!”
“Forçá-lo? Quando eu te forcei? Você não me propôs primeiro?”
“Absolutamente não!”, Detentor do Fogo agarrou o ombro de Augusto e sacudiu-o violentamente: “Acredite em mim, mago, eu nunca propus nada a ele! Não acredite nele!”
O mago foi fortemente abalado que quase mordeu a própria língua.
“Ah não? Então, como explica isso?”, Cavaldien ergueu a mão esquerda: usava um anel de diamante no dedo anelar: “Você me deu isso, esqueceu?”
O olhar do dragão foi direto: “Eu não esqueci…”
“Você o colocou em mim. Isso também é um mal-entendido?”
Detentor agarrou seu próprio cabelo descontroladamente: “Não! Não é o que pensa! Augusto, diga que ele está pensando demais!”
Não jogue essa batata quente para mim!
Augusto tossiu levemente; “Detentor do Fogo, quando se presenteia com um anel, e ainda mais no dedo anelar, é sim uma proposta de casamento…”
“Deve haver algo errado! Mostrei a ele meus tesouros, então disse a ele que poderia dar o que ele desejasse. Ele escolheu um anel de diamante sozinho – bem, admito que ele tem um bom olho e que gasto daquele anel. Mas apenas deia ele para mostrar minha generosidade! Não é uma proposta!”
Cavaldien deu um longo “Oh” e depois perguntou: “Sendo assim, porque colocou no meu dedo anelar?”
“Por que não cabia em nenhum outro dedo!”
“Porque na minha mão esquerda?”
“Por que você estava usado sua bengala na mão direita naquele momento. Seria inconveniente!”
O feiticeiro girou o anel de diamante em seu dedo anelar pensativamente. Seus olhos eram profundos e evasivos.
Depois de muito tempo ele ergueu a cabeça e um sorriso brilhante apareceu em seu rosto: “Sim, entendi mal. Eu não esperava causar tantos problemas. Sinto muito, Detentor do Fogo. É tudo minha culpa”
Augusto estremeceu ao ver sua expressão. Cavaldien era terrível quando estava frio e inexpressivo. Mas era ainda mais terrível quando ele sorria. Deus sabe que ideia ele estava pensando sob aqueles lábios curvados. O mais assustador é que ele basicamente riu o tempo todo.
Detentor do Fogo provavelmente já havia experimentado o horror do sorriso do feiticeiro e apertou sua mão rapidamente: “Porque é sua culpa? É tudo culpa da minha falta de compreensão cultural entre humanos e dragões…”
Cavaldien tirou o anel de diamante e gentilmente colocou na mesinha de café: “Uma vez que o mal-entendido foi esclarecido, eu o devolvo a você”
O dragão estava chegando ao anel, mas rapidamente se retraiu: “Existe algum motivo para devolver presentes que já foram dados? Leve-o”
O homem enrolou sua boca e não olhou mais para o dragão, apenas virou-se para o monte de flores douradas no canto da sala: “Pensei que isso tinha um significado especial, não imaginava que era mero desejo do meu pensamento. Não tenho interesse em mantê-lo. Tome de volta”. De repente se levantou e caminhou em direção ao vaso com sua bengala.
“Eu…”, Detentor virou-se para Augusto: “Mago, em sua cultura humana, um anel de proposta pode ser devolvido?”
“Bem… acho que tudo bem. É como se vocês tivessem terminado. De qualquer forma, não estão oficialmente casados. Pode retirá-lo a qualquer momento. Além do mais, mesmo que se case, ainda pode desfazer a união”
“O que acontece se eu pegar de volta?”, o dragão estava nervoso, perguntando ao feiticeiro.
“Tudo estará acabado. Volto para minha casa e ainda vou viver a minha vida”
“Vai me perseguir? Parece gostar de caçar aqueles que não cumprem suas promessas…”
“Em que era estamos?”, Cavaldien riu: “Não irei atrás de você. Não deve haver mais nada… de jeito nenhum”
“Quer dizer, nossas vidas vão voltar a ser como eram antes? Nada mais?”
“Você queria se livrar de Cavaldien e tendo terminado, não deveria estar feliz?”, sussurrou Augusto.
“Eu só quero ele fora do meu ninho, não… não quero…”
Detentor do Fogo olhou para o feiticeiro que olhava para as flores de ouro no vaso.
Então se virou e disse: “Não tenho razão para ficar. Pedirei ao pesadelo para vir buscar e limpar as coisas para não incomodá-lo mais no futuro”
“O que quer dizer?”, Detentor do Fogo saltou: “Você não virá de novo?”
Cavaldien olhou para o teto desolado: “Eu vivia aqui porque gostava de você. Mas agora entendo que tudo era um mal-entendido’. Então, porque deveria ficar?”
“Não somos amigos?”
“Não podemos mais ser amigos”
“Porque você me odeia?”, Detentor insistiu em perguntar.
“Eu não te odeio, é você quem me odeia. Me odeia tanto ao ponto de buscar Augusto para se livrar de mim. Não seria imprudente da minha parte ficar aqui descaradamente?”
Ele se virou para ir embora, quando o dragão o alcançou e agarrou seu pulso; “Só quero que deixe meu ninho, não quero terminar com você”
“Para mim, não há diferença entre os dois”
“Não entendo! Não podemos voltar ao que éramos antes? Apenas sendo amigos, sem coabitação, casamento ou nada assim? Porque você tem que escolher entre ‘amigos’ e ‘amantes’?”
O feiticeiro não se desvencilhou da mão do outro, olhou para ele com simpatia: “Esse é o ponto crucial do problema: não tratei você como um amigo desde o começo. Eu te amo, mas em seus olhos é apenas amizade. Talvez nem mesmo isso. Agora, quer curtir meu amor, mas não que admitir. Desculpe-me, mas não posso. Pensei que era especial para você, porém estava errado. Não sou nobre o suficiente para dar minha vida inteira por um amor que nunca será devolvido. Talvez vocês dragões possam fazer isso, mas não posso. Comparado com você, a vida humana é muito curta para pagar isso”
“O que devo fazer quando você se for?”
“Viveu centenas de anos antes de me conhecer e viverá mais centenas depois que eu partir. Para dragões, décadas são como rajadas de vento. Quando você piscar, na haverá mais Cavaldien no mundo”
Detentor do Fogo parecia que estava com medo. Mostrava-se ciente do grande abismo do tempo de vida entre ele e o feiticeiro.
“Sua vida é tão curta, como posso deixar você ir? Posso brigar com outros dragões e ficar dezenas de anos sem vê-los, mas não posso fazer isso com a gente. É tão fácil para os humanos morrerem”
Cavaldien olhou nos olhos dourados do Detentor do Fogo: “Você quer que eu fique?”
O dragão hesitou enquanto olhava para a direita e para a esquerda. Cavaldien zombou, virou-se e saiu.
Detentor correu e o abraçou por trás: “Não, não, não! Não vá! Fique! Se eu tiver que escolher entre ‘terminar’ e ‘casar’, eu me caso em dez dias!”
O feiticeiro se virou e inclinou a cabeça: “Tem certeza? Não vai voltar atrás?”
O outro sussurrou: “Mesmo que me arrependa um dia… de qualquer forma, sua vida humana é tão curta. Um dia você vai morrer… eu suporto…”
Cavaldien ergueu os cantos da boca e soltou a bengala. Sem apoio, seu corpo cambaleava: “Segure-me com força”
Detentor do Fogo obedientemente o agarrou, com as mãos debaixo de seus braços, apoiando seu corpo e o abraçando. O homem encostou-se no ombro do dragão, respirou fundo, como se farejasse, depois ergueu a cabeça e lançou um olhar triunfante para Augusto à distância.
O coração de Augusto ralhou secretamente: ‘Maldito desprezível! Uma boa jogada se fazendo de difícil! Brilhante!’
No meio de tudo isso, a campainha tocou. Detentor queria abri a porta, mas Cavaldien colocou o equilíbrio de seu corpo sobre ele, como se estivesse impedido de fazer qualquer coisa, sem o dragão não conseguia se estabilizar.
O dragão cantarolou e disse: “Mago Augusto, abra a porta!”
“Sou um convidado! Quer que eu abra a porta?”, Augusto conjurou enquanto se levantava do sofá.
A campainha que tocava era da porta que dava para o telhado. Poderia ser o unicórnio não aguentando o vento frio e queria se aquecer em casa?
Augusto girou a fechadura quando a porta foi aberta com um estrondo e quase acertou o mago no rosto.
“Droga! É assim que abre a porta? Espere só, eu vou cortar o seu…”, não conseguiu dizer as palavras seguintes.
Realmente não sabia o que dizer. Não foi o unicórnio que apareceu na frente dele. Na verdade não era uma criatura.
Do lado de fora da porta estava um homem nu com cabelos pretos e olhos vermelhos.