My Home is not a Magical Creature Farm - Capítulo 39 - Ensaios na Lua Cheia
O último brilho do sol poente apareceu abaixo do horizonte e a noite dominou este lado da terra. A lua cheia surgiu. Havia algumas nuvens flutuando no céu noturno, então a luz estava fraca e se escondia atrás delas de vez em quando.
Mas, para algumas criaturas no planeta, a misteriosa gravidade da lua não era enfraquecida pelo clima de maneira alguma. Saíam para receber o batismo da magia da lua. A chamada secreta do céu era tão forte como sempre foi. Eles não podiam deixar de sentir o desejo de se libertar de todas as restrições, correr sem destino, rugir para a lua e se libertar.
Neste momento, fora de Radier, Condado de Hollic, na floresta pertencente à Família Hollic, o jovem lobisomem estremeceu com o ar frio, segurando um tubo de ensaio cheio de estranhas poções coloridas em suas mãos.
“Você está pronto, Kyfayar?”
Diante dele, Augusto, segurando um caderno e uma caneta, olhando com olhos objetivos e prudentes de pesquisador diante de um assunto, fazendo Kyfayar se sentir um orangotango amarrado a uma mesa de anatomia.
“Para ser honesto, se não estiver pronto, podemos adiar a data”
“Hoje e lua cheia. Se adiarmos, será somente daqui a um mês”
Kyfayar disse lamentavelmente: “Tenho que beber essa poção? Você mudou a fórmula de novo?”
“Se você não provar como vou saber o que há de errado? Como posso saber como modificar a receita?”, Augusto balançou a cabeça e se ressentiu de Kyfayar por não ter o espírito de pesquisa científica.
“E se falhar?”, o jovem perguntou timidamente.
“Fracasso é a mãe do sucesso”
“Quer dizer, se falhar, posso perder a cabeça e até machucar você”, Kyfayar fungou.
A magia a lua estava ficando mais forte e mais forte, tanto que mal conseguia resistir.
Augusto deu um sorriso estranho: “Você me faz rir. É engraçado”
Kyfayar estremeceu ao se lembrar da última vez em que o outro usou magia para fazê-lo voar para longe.
“Em caso de o remédio ter efeitos colaterais estranhos…”, puxou a cauda em desânimo. As orelhas e o rabo podem ser considerados adoráveis, mas se crescem presas ou garras, não será mesmo uma coisa boa.
“Vou transformá-lo de volta”. Augusto estava impaciente: “Beba a poção rapidamente ou será tarde demais!”
Com um gemido, Kyfayar colocou o tubo de ensaio na boca e olhou para o mago na esperança de que ele mudasse de ideia no último minuto. Augusto estava indiferente. O jovem lobisomem tomou um gole da poção e fez uma careta para mostrar como era difícil de engolir.
“Não faça cara feia! Adicionei mel à receita. Não é ruim de forma alguma!”, Augusto disse mal humorado.
Kyfayar lambeu os lábios. Era muito fofo. Embora sua boca ainda estivesse cheia com o gosto estranho, ele se sentiu muito melhor. A consideração de Augusto o fez sentir menos frio.
“Você pode se transformar agora?”
Kyfayar ergueu os olhos. a lua estava coberta pelos ramos luxuriantes da floresta. Realmente não conseguia ver, apenas um traço de luar caia no chão úmido. Ele respirou fundo e encheu seu corpo com a magia da lua. Augusto instintivamente deu um passo para trás e configurou uma barreira mágica transparente na frente dele para evitar que o lobisomem acabe o ferindo caso perca o controle.
O jovem se abaixou em dor, esmagando o tubo de ensaio. Seu corpo cresceu rapidamente, com longos e ásperos pelos grisalhos saindo sob sua pele e músculos salientes. Augusto rapidamente registrou a transformação de Kyfayar no caderno. Era a primeira vez que havia testado os medicamentos anti transformação em plena noite de lua cheia. Ele não tinha ideia de qual efeito teria. Desde que Kyfayar não se transformasse em algo estranho.
O jovem estava preste a se transformar por completo quando de repente gritou e caiu no chão. A pele de lobo cinzento recuou, seu corpo encolheu de volta ao tamanho de um humano comum. No entanto, as orelhas e a cauda ainda permaneceram aparente. Augusto ficou tão chocado de perdeu o caderno e a caneta. Rapidamente removeu a barreira e correu para Kyfayar, ajoelhando-se ao lado dele.
“Kyfayar, você está bem?”. Pegou a parte superior do corpo do jovem lobisomem e colocou a cabeça em seus joelhos.
“Estou… me sentindo… nada bem…”, disse o outro com dificuldade.
O mago afastou seu cabelo encharcado de suor de sua testa. As sobrancelhas de Kyfayar estavam franzidas, seu corpo enrolado como um camarão, todos os músculos estavam tensos. Augusto imediatamente lamentou sua decisão. Por que tentou este medicamento? Deveria ter deixado Kyfayar correr nu pela floresta a cada noite de lua cheia.
Enfim, eram apenas dois dias por mês. Era até mais fácil enfrentar um lobisomem do que enfrentar uma mulher violenta em seu período fisiológico! El poderia garantir com uma barreira que Kyfayar não saísse da floresta. O que há de errado em deixá-lo ser um lobo livre?
“Augusto… meu senhor… eu…”, Kyfayar gemeu com dor.
“Eu sei. Eu sei”, o mago esfregou suas orelhas de lobo com vontade: “Deve ser algo errado com a receita. Eu não deveria ter tentado diretamente em você. Ainda pode se levantar? Vamos para casa, vou te dar alguns remédios, então não se sentirá tão mal”
Kyfayar tremeu e lutou para se levantar com a ajuda de Augusto. Era mais alto que o mago, e seus músculos ainda mais fortes, tanto que foi difícil para o outro segurá-lo. Kyfayar também gostava de ficar grudado nele e era isso que deixava Augusto ainda mais miserável.
“Eu me sinto terrível, meu senhor…”, o jovem disse fracamente, em um tom coquete.
“Me diga o que é”
“Sinto como se tivesse merda atolada… ai!”
“Que nojento!”, Augusto deu um tapa em sua nuca.
Kyfayar achatou sua boca: “Não posso transformar meu corpo. Embora posso sentir o chamado da lua, não tenho forças. Quero mudar, mas não posso… é como…”, pensou sobre as palavras: “É como prisão de ventre!”
“Já chega. Cachorro não consegue mesmo cuspir marfim”
“Foi você quem quis que eu dissesse”
Augusto olhou feio para ele, que não se atreveu a falar mais. Esfregava-se contra o mago como se ele fosse um pedaço de mofo querendo grudar em uma parede. Augusto pensou em levá-los de volta por teletransporte, mas a casa estava perto e não queria desperdiçar magia.
Fora da floresta, Augusto encontrou o luar e deu um sobressalto.
“Qual é o problema, meu senhor?”
“Parece haver algo errado com minha barreira mágica em torno da casa”
Desde a invasão na casa, Augusto vinha usando magia para proteger toda a casa quando saia para evitar que ladrões voltassem a arrombar – afinal, havia aprendido uma lição terrível. Ele não se importava com pequenos furtos, só mesmo Cavaldien que era um homem que se incomodava por nada e deu a ele um ‘guarda-costas lobisomem’. Pensou que sua barreira mágica era rara, até mesmo uma das melhores do mundo. Aquele que pudesse quebrá-la seria um feiticeiro com altas habilidades.
Agora, as barreiras ao redor da casa foram quebradas, mas Kyfayar não conseguia ver a tal barreira.
“Você espere aqui fora”, Augusto disse a Kyfayar: “Vou conferir primeiro”
O mago andou pela casa e não viu pegadas suspeitas. É claro, o intruso não pode ter vindo ‘a pé’.
O unicórnio estava pastando sozinho no estábulo. Vendo Augusto se esgueirando pela casa, zombou com desdém: “O que está procurando? Há ouro enterrado?”
“A barreira mágica foi quebrada, estou procurando qualquer sinal de invasão”
“Havia algo em movimento e uma figura escura voou para a asa em um tapete persa”
Augusto ficou chocado e descobriu que o unicórnio não estava brincando e gritou: “Porra! Por que não disse antes?”
“E você me perguntou?”
“Você o deixou entrar?”
“O que mais eu podia fazer? Sou um unicórnio puro e gentil, não seu cão de guarda. Espera que eu lute com gângsters e defenda a propriedade da família? E se estiverem armados? Posso ser fraco o suficiente para lutar com gente feroz e cruel!”
“Não é você quem grita todos os dias que vai matar pessoas com seu chifre? Está com medo de um gangster!”
“Ah, tá. Então se eu disser que sou o rei do mundo, amanhã mesmo todos serão meus súditos? Você é tão velho que nem pode ouvir uma piada!”
“Unicórnio, estou perdendo a paciência com você!”, Augusto puxou o próprio cabelo.
“Olha só, aprendeu apenas a ser engraçado, não está mesmo impaciente”
Augusto deixou o outro para trás, já que não estava nem um pouco preocupado com a cena. Mesmo que a casa estivesse pegando fogo, esse aí não ajudaria a apagar, mas ficaria feliz em assar marshmallows nas proximidades. Kyfayar ainda estava sentado na porta, sem expressão, esperando que o mago voltasse.
“Alguém invadiu a casa!”, exclamou Augusto.
O jovem lobisomem pulou, saltando a seus pés: “Vou pegá-lo para você!”
“Não se apresse, você…”, o mago abriu a porta.
Isso parecia ser um pouco coincidência demais. Porque alguém invadiu a casa na noite de lua cheia?
“Estou bem. Posso te proteger”, Kyfayar segurou na moldura da porta, respirando a cada etapa.
“É bom você proteger a si mesmo”
Augusto recitou um encantamento e realizou a técnica de busca. Dentro de um período de tempo, todos os centímetros da sala mudaram para sombras em branco – parecendo negativo de fotografia. Ficou certo que, além de sua sombra e da sombra de Kyfayar, havia a de uma terceira pessoa que tinha passado por aqui.
Deve ser o intruso suspeito!
“Ele subiu…”, Augusto ergueu os olhos para as escadas: “Lá em cima está meu escritório e laboratórios. Seu objetivo será, como da última vez, minhas notas de pesquisa?”