My Home is not a Magical Creature Farm - Capítulo 40 - Intruso
“Ele subiu…”, Augusto ergueu os olhos para as escadas: “Lá em cima está meu escritório e laboratórios. Seu objetivo será, como da última vez, minhas notas de pesquisa?”
“Você não disse que as notas são codificadas e só pode quebrar o texto com o livro código?”, Kyfayar perguntou: “Será que quer roubar o livro?”
Augusto sorriu: “Humph! Estou sempre em guarda. Fique aqui para prevenir a entrada de qualquer cúmplice. Vou subir e dar uma olhada”
“O que pode fazer sozinho? E se ele for muito perigoso?”, o jovem lamentou: “Estou indo com você”
Augusto lançou um olhar de desgosto: “Só você? Esqueça! Fique aqui!”
As orelhas do lobo caíram.
O mago correu pelas escadas e encontrou um tapete persa enrolado na porta de seu escritório. Deve ser o mesmo tapete que o unicórnio vira. Parecia que o ladrão estava tramando isso há muito tempo, até mesmo seus meios de escapar já estavam prontos. O mago sorriu severamente quando estalou os dedos e um fogo explodiu sobre o tapete voador.
He-he, ousa cobiçar as propriedades do Mago Augusto? Vou expulsá-lo!
Devo explodir a porta do escritório para parecer mais poderoso e audacioso? Augusto pensou por um segundo e desistiu. Posso simplesmente passar por ela, ainda gosto da porta de mogno.
Ele abriu a porta com calma. A sala estava virada de cabeça para baixo. Livros, antes na estante, estavam caídos no chão, todas as gavetas dos armários abertas, documentos, arquivos e pastas espalhados como papel higiênico que haviam sido rasgados em pedaços. Além da bagunça, não havia ninguém, como se o ladrão descarado já tivesse saído.
Mas, não era assim tão simples: ousar em roubar notas de pesquisa de um grande mago, que já estava em alerta, apenas para desistir de repente? Augusto olhou para o meio da sala. Havia um redemoinho mágico que pessoas comuns não podiam ver. Aos olhos dele, era um buraco negro.
O mago cuidadosamente revirou uma pilha de manuscritos no chão e com os dedos pegou um caderno fino enterrado embaixo: este era seu livro código.
Ao tocar o livro código, para abri-lo, deveria recitar o mantra certo ou você seria sugado para uma dimensão desconhecida. Isso se aplicava até mesmo ao próprio Augusto. Desde o roubo, ele não apenas fortaleceu a barreira mágica em torno da casa, como também adicionou armadilhas mágicas ao livro. Agora que a armadilha havia sido acionada, parecia que o ladrão estava realmente buscando seu precioso livro código.
“Eu gostaria de ver quem é esse ladrão”
Augusto largou o livro e saltou para o redemoinho mágico. Assim, caiu de seu escritório para um espaço escuro sem céu nem terra. Este espaço era tão vasto e sem limites que ninguém seria capaz de encontrar o fim. Era um universo infinito.
Uma estrada de rocha suspensa se estendia do pé de Augusto adiante. Olhando para a beira desse caminho, só podia ver uma escuridão sem fundo. Havia mais ilhas rochosas à deriva.
Havia outro caminho flutuante de pedras pendurado acima, apenas paralelo ao que ele estava de pé. O mago empurrou com força e saltou no ar. A gravidade inverteu-se repentinamente. Foi puxado pelo caminho de pedras acima de sua cabeça e então caiu contra ele. Este espaço escuro havia mudado, virou de cabeça para baixo.
Ele ergueu sua mão e fez um gesto para fechar o redemoinho que o enviou para este espaço escuro. Se tivesse tentando passar por ele novamente, em vez de retornar ao seu escritório, seria transportado para outro lugar e espaço diferentes. Nesta dimensão, a entrada não necessariamente enviava de volta de onde tinha vindo.
Está um silêncio de morte aqui. Onde está o ladrão? Espero que não tenha corrido longe demais de tanto medo.
Súbito, uma chama veio de trás de Augusto quando estava olhando ao redor. Não esperava o ataque! Quando sentiu o calor do fogo, instintivamente levantou uma barreira para se proteger. Quando ele e Cavaldien participaram do Desafio Mágico, praticavam essas artes de ataque e defesa dia e noite para que formassem um reflexo condicionado. Seu corpo não tinha esquecido depois de tantos anos.
A chama ricocheteou contra a barreira e se transformou em ar quente espalhado. Augusto se virou. Um homem vestido de preto e máscara branca estava no outro caminho de pedras, acima dele, pendurado de cabeça para baixo como um morcego. parecia que este era o ladrão descarado.
Invadindo minha casa e roubando, ainda se atreve a me atacar!
o ladrão mascarado tirou uma garrafa de seus braços e jogou. Devido às diferentes forças da gravidade em ambos os lados dos caminhos de pedra, a garrafa voou em um estranho arco em direção à posição onde Augusto estava. Falando de maneira lógica, Augusto teria que esmagar a garrafa com sua barreira, mas de acordo com sua experiência no desafio da estrada mágica, uma vez que a outra parte já sabia que ele usaria a barreira de proteção, deve haver algum truque na garrafa. Os mesmos meios de ataques não podiam ser usados pela segunda vez, meios defensivos iam no mesmo raciocínio.
Com um aceno de mão ele inverteu a gravidade da garrafa, que mudou de direção. Voou até o caminho de pedras acima e se espatifou contra ele. Uma corrente elétrica disparou quando ela foi quebrada. Se Augusto tivesse apenas bloqueado com uma barreira, no momento de quebra, a eletricidade tinha quebrado seu encanto.
Vendo que o truque falhou, o ladrão mascarado pego outra garrafa e jogou a seus pés. Uma nuvem espessa de fumaça subiu de repente. Augusto percebeu que estava tentando escapar. O mago não poderia dar ao inimigo tal chance, acenou com a mão casualmente. O outro, que ainda não havia escapado no nevoeiro, foi pego por uma mão gigante. Saiu do chão com um estrondo e caiu no caminho de pedras de Augusto. Antes que pudesse ver o que tinha acontecido, o mago acenou com a mão novamente, e o ladrão caiu de volta contra o caminho de pedras acima. Ele era como uma bola de tênis quicando entre os dois caminhos.
“Pare! pare!”, o homem gritou: “Eu me rendo! Poupe minha vida!”
Augusto bateu novamente nele: “É um pouco tarde para se render, Sr, Herbert Gunther”
O homem tentou se levantar do chão, o mago fez um gesto de pressão e sobre as costas do ladrão parecia que havia um fardo pesado o pressionando e teve que se deitar.
“Como sabe que sou eu?”
“Primeiro sua garrafa: é uma poção alquímica, imaginei que fosse um alquimista, ou pelo menos colega de um. Segundo: quebrou a barreira ao redor de minha casa. Embora eu não seja o melhor mago do mundo, tenho certeza que minha magia não é ruim. Há poucos que podem quebrá-la de fora, mas não imagino nenhum deles contra mim.
No entanto, a barreira é muito mais fácil de quebrar por dentro. O ladrão deve ter estado em minha casa e, quando eu não estava prestando atenção, deve ter colocado uma âncora mágica que pudesse quebrar a barreira em um determinado lugar na minha casa. Estava tão confiante de que ninguém iria encontrá-la.
Não sou tão estúpido a ponto de não encontrar uma âncora mágica, porém, mesmo que eu ignorasse, Kyfayar e Quentina muitas vezes limpam a casa, com certeza encontrariam, mas ninguém notou nada de diferente. Só pode ser algo em nosso ‘ponto cego psicológico’. Permitimos que isso entrasse e nem nos importamos”
Augusto levantou o queixo: “Aquele shiva-lingam. Você e Lilianna vieram visitar e me deram como um presente. Claro, por ser tão embaraçoso, pedi para Kyfayar deixá-lo no sótão e nunca mais olhei para ele. Sua âncora mágica estava segura em minha casa. Além, disso, você me perguntou sobre a transformação de Kyfayar em lobo e disse que quando ocorresse, eu o enviaria para a floresta próxima. Em outras palavras, sairia de casa na noite de lua cheia – essa era a melhor época para invadir”
O mago olhou para Herbert, ainda dominado pela pressão invisível: “Será que Lilianna sabe o que está fazendo? Está envolvida em sua trama? Não, eu não penso assim. Sua associação com ela já é suspeita por si mesma. Não muito tempo depois que minha casa foi invadida, vocês engataram esse namoro. Estava apenas a usando como um trampolim, procurando por oportunidades de entrar na minha casa e colher mais informações”
Herbert bufou: “E se eu disse que ela é minha cúmplice?”
“Impossível”
“Como pode ter certeza?”
“Se Lilianna quiser minhas notas de pesquisas, ela apenas virá para me pedir, mas nunca o fez antes. Claro, se eu vou dar ou não é outra história, mas se ela realmente quiser, com certeza virá com uma conversa, não com roubo”
“Aquela terrível mulher!…”
“É mesmo um grande azar para Lilianna conhecer alguém como você. Provavelmente pensando que você é o cara certo, sonhando com uma vida longa ao seu lado”
Augusto estalou os dedos. O fardo pesado nas costas de Herbert desapareceu e um redemoinho mágico apareceu em sua cabeça. O mago disse: “Mas você é ainda pior. Já ouviu o ditado que diz: ‘é preferível irritar dez dragões do que uma bruxa’?”
Herbert foi sugado pelo redemoinho: “Você vai se arrepender, Aug—”
Kyfayar estava sentado na escada, com os braços cruzados, tremendo de frio. Por que não pego algumas roupas para vestir? Mas, meu senhor Augusto me pediu para ficar aqui e esperar por ele. E se ele não me encontrar quando voltar? É melhor aguentar.
Estava com a cabeça baixa, desanimado, tanto que nem descobriu um redemoinho mágico que apareceu sobre ele.
“—usto!!!!”, um som quebrado veio do redemoinho.
“Ãh?”, o jovem lobisomem ergueu os olhos sem acreditar.
No momento seguinte, foi atingido por um homem de preto que desceu do céu. Desmaiou sem ter nem tempo de gritar.
Essa foi a cena que Augusto viu quando saía de seu escritório: Herbert jogando fora sua máscara e tentando se levantar, enquanto Kyfayar caiu inconsciente, espumando, sem usar absolutamente nada.
A cena era muito indecente.