My Home is not a Magical Creature Farm - Capítulo 43 - Um bêbado longe de casa (Extra)
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- Capítulo 43 - Um bêbado longe de casa (Extra)
Assim que o dragão negro entrou em sua casa, sentiu um cheiro estranho e perigoso.
Alguém invadiu a minha casa! Seu cérebro estava cheio de sinos de alarme. Deve ser um ladrão bem ingênuo, caso contrário como se atreveria a invadir um ninho de dragão? Deve ensinar uma lição a ele e deixá-lo conhecer as consequências de perturbar um nobre dragão.
Infelizmente, os tempos mudaram e ele não podia mais matar humanos arbitrariamente. Se isso tivesse acontecido no passado, daria uma experiencia de horror ao homem que jamais esqueceria e depois o engoliria.
O dragão negro farejou o ar e logo encontrou a localização do intruso – a adega. Ué? Não estava nesta casa em busca de tesouros, ouro e prata, mas na adega? Estava interessado em vinho? Muito elegante. Mesmo que fosse um ladrão de classe, ainda era, sem dúvida, um ladrão. Detentor do Fogo nunca o deixaria sair!
Usou magia para esconder seu corpo e passos, indo direto para a adega. Assim que a porta foi empurrada e aberta, um forte odor de vinho escapou. Oh! O ladrão não só roubou o vinho, mas também bebeu no local! Detentor queimou de raiva. Escamas pretas apareceram no seu pescoço, estava com tanta raiva que quase mudou de volta para sua forma original. Resistiu à raiva em seu peito, entrou no armário e finalmente encontrou o ladrão.
Estava deitado, segurando nos braços uma garrafa de vinho mais velha que seu bisavô, como uma criança segurando seu amado ursinho de pelúcia. Havia três ou quatro garrafas de vinho vazias ao lado dele, também um pouco da bebida derramada no chão. Parecia que tinha bebido tanto que estava dormindo.
“Levante-se, ladrãozinho!”, Detentor do Fogo gritou com raiva: “Ajoelhe-se e comece a implorar por misericórdia!”
Ao ouvir o som, suas pálpebras se moveram. Ele se virou, enquanto segurava a garrafa, deu um tapa em seus lábios e voltou a dormir.
O dragão estava tão zangado que não pôde deixar de querer lançar fogo ali mesmo e reduzi-lo a cinzas. Se não fosse pelo fato de a adega também ser queimada, teria feito isso. Removeu a magia da invisibilidade, pegou o ladrão pelo colarinho e o levantou. A garrafa caiu com um estrondo, felizmente não quebrou.
De acordo com a idade dos seres humanos, o ladrão era muito jovem. Estaria em seus vinte e poucos anos. Muito, muito bonito (em termos de estética humana). Cabelos dourados que brilhavam como ouro na luz. Detentor do Fogo, que gostava muito de ouro, ficou um pouco atordoado. Mas logo passou e balançou o ladrão com força.
“Acorde! Ou vou jogá-lo do último andar!”
O ladrão franziu a testa e lutou com aquele Deus ainda adormecido. Levanto um pouco para abrir os olhos. Olhou para o dragão, seus olhos demoraram muito tempo para se concentrar. Olhos azul como o mar, brilhantes como safira. Não era certo comparar preciosas gemas aos olhos de um homem ousado, mas não conseguiu outra forma de como descrevê-los. Afinal, pareciam tão lindos.
“Você é… é…”. O ladrão disse lentamente: “Você é um dragão?”
“Bobagem! Você não me conhece! Sou o mestre deste lugar, o Grande Dragão Detentor do Fogo!”
“Eu te conheço. Por favor, me solte. Está me sufocando”
“Invadiu minha casa e ainda pede para soltá-lo? Acha que sou estúpido?”
Em vez de responder, o ladrão fez um gesto. O dragão negro imediatamente percebeu que uma forma mágica se reuniu em torno do homem. Ele tocou sua mão e, em um piscar de olhos, uma corrente elétrica atingiu sua mão. O dragão deu um grito de dor e inconscientemente o soltou.
“Você conhece magia?”. Detentor girou a mão atingida pela corrente elétrica. Ele só sentia dor, mas não estava machucada. Em todo caso, não poderia ser ferido por habilidades triviais.
O ladrão sentou-se no chão, pegou a garrafa de vinho, abriu a tampa da garrafa e a rolha saltou. Ele tomou um gole da bebida.
“Meu nome é Cavaldien. sou discípulo do Grande Mestre Tevesey. Ouvi dizer que a adega do Dragão Negro Detentor do Fogo é a melhor da China, então vim visitá-lo”, disse ele.
Que bêbado…
Detentor do Fogo não sabia se estava falando bobagens ou dizendo a verdade. Pelo menos carregava algum elogio, e ele gostava de ouvir palavras de elogio.
Ele olhou para o jovem chamado Cavaldien: “Se realmente quisesse visitar-me, por que não veio de uma forma digna? Por que invadiu em vez disso?”
“Você estava fora. Eu esperei por muito tempo”, o polegar do jovem esfregou a garrafa: “Eu não podia esperar”
Detentor do Fogo ficou um pouco infeliz. Saiu para visitar seus amigos por apenas três meses. Onde ele estava? Bem, tempo na vida dos humanos era tão curto que três meses fosse realmente muito tempo para eles.
“Mas não deve invadir!”, ele exclamou com uma voz estridente e cortante: “Ainda mais roubando e bebendo meu vinho!”
“Sinto muito”, Cavaldien disse vagamente: “Pagarei o preço. Não: eu dobro. Eu só quero isso, só quero beber”
Ouvindo a palavra ‘dobrar’, Detentor do Fogo se sentiu muito melhor. Perdeu algumas garrafas de vinho, mas conseguiria compensação. Parece que ganhou dinheiro! Claro, seria melhor do que só punir o intruso.
Cavaldien voltou a sentar-se na adega e bebeu de cabeça erguida. Mesmo a grande garrafa de vinho não suportava um jeito tão feroz de beber e logo estava vazia. Descobriu que não havia mais vinho em sua boca, então deixou a garrafa de lado com pesar.
Depois de tudo aquilo, provavelmente estava com calor, assim desamarrou a frente de sua camisa e expos seu peito. Parecia abatido. Seus olhos vagaram pelo armário de garrafas a frente, como se procurasse a próxima presa. Então, de repente, acenou com raiva e derrubou as garrafas ao seu redor.
Detentor do Fogo não entendeu o porquê da impaciência repentina. Os humanos são tão temperamentais.
O homem dobrou as pernas, segurou os joelhos e enterrou a cabeça nos braços. Depois de um tempo, o dragão ouviu soluços quebrados. Acontece que ele estava chorando. Mas estava chorando e de repente estava rindo novamente. Temperamentos humanos são imprevisíveis.
“Muitas vezes ouço as pessoas dizendo que, enquanto estiver bêbado, não há preocupações…”. Cavaldien deu uma risadinha, mas sua voz estava chorosa; “Mas, porque ainda estou tão infeliz? É porque ainda não bebi o bastante?”
Olhando para sua aparência maluca, estúpida e confusa, Detentor do Fogo sentiu um pouco de pena dele. Infelizmente seres humanos são tão frágeis.
Sentou-se a lado do jovem e perguntou: “Por que está tão triste? Seus pais morreram?”
Cavaldien ergueu os olhos para ele como se estivesse sorrindo: “Não, eles não”
“Por que está chorando?”
O canto da boca do outro se curvou e parecia que ia chorar de novo: “Perdi um bom amigo”, fez uma pausa: “Meu melhor amigo”
“Oh, então seu amigo está morto?”, o dragão acenou com a cabeça: “Sei que vocês, seres humanos, passam por luto e mudança”
Cavaldien riu, como se achasse as palavras do outro muito interessantes; “Ele não está morto”, disse, então baixou o olhar com tristeza. Estava feliz em um momento e triste no momento seguinte. Detento quase enlouqueceu com isso.
“O que aconteceu com ele?”
“Ele… está muito zangado comigo. Jurou nunca mais me ver novamente. Ainda está vivo, mas eu o perdi para sempre. É muito pior do que a morte”
“Porque ele está com raiva de você?”
Cavaldien olhou para a garrafa no chão: “Eu o traí. Usei suas boas intenções para alcançar meus próprios objetivos e deliberadamente ataquei suas fraquezas. Eu o fiz perder tudo o que ele queria porque era isso que eu queria”
“Quer dizer: você discutiu com ele pela mesma coisa, mas conseguiu expulsá-lo e tomou para si?”
“Mn, pode-se dizer assim”
“Era algo necessário de se obter?”
Cavaldien olhou para a garrafa: “Acho que sim. Tenho que pegar”
Detentor do Fogo deu um tapa em suas costas: “Nesse caso, o que você fez vale a pena. Se não tem mais aquele amigo, siga em frente e faça outro”
O jovem tossiu e baixou a cabeça desanimadamente: “Mas ele é muito importante para mim…”
Os seres humanos são gananciosos, foi o pensamento de Detentor do Fogo. Querendo isso, querendo aquilo, na maioria dos casos, sendo incapazes de ter ambos. Ah, seres humanos! Que pena!
“Então, por que não vai pedir desculpas a ele? Ouvi dizer que, na sua cultura, são bons em perdoar. Por que não pede a ele que te perdoe?”
“Não tenho rosto para vê-lo e não quero me curvar a ele. Pelo menos não agora”
“Depois de um tempo, então? Oh, o mesmo se aplica com nosso povo dragão. Brigo com outros dragões e, muitas vezes, não os vejo em décadas, mas um dia, tudo fica bem”
Cavaldien disse ironicamente: “Se povo dragão pode esperar, mas nós, humanos, não podemos. Nosso tempo é curto. Se duas pessoas estão com raiva o tempo todo, ficarão velhas e morrerão, nunca haverá uma chance de recuperação”
“A humanidade é estranha. Quer se desculpar com ele, mas não quer se desculpar com ele. O que você quer então?”
“Somos assim: sempre contraditórios. Se não fôssemos tão contraditórios, não seríamos tristes”, com uma expressão amarga, Cavaldien mancou até o armário próximo, tentando tirar outra garrafa. Mas caminhou vacilante e com um baque, caiu de cara no chão, imóvel.
Ele morreu?
Detentor do Fogo levantou-se com medo e cutucou o homem cautelosamente com o pé. Não houve reação. Se ajoelhou ao lado do jovem e tomou seu pulso. Felizmente não morreu, apenas desmaiou. Os seres humanos são tão ruins em beber que até ficam bêbados no final. Humph!
“Ei, acorde! Não pode ficar na minha casa! Acorde, pague pelo meu vinho e saia daqui!”, sacudia o corpo do jovem, que não respondia.
Como isso pôde acontecer? Detentor do Fogo estava muito deprimido. Tinha ouvido que seres humanos bêbados não morriam de embriaguez, mas morriam sufocados pelo vômito muitas vezes. Cavaldien não era assim, era? Rapidamente virou o jovem, segurando seu pescoço com a mão esquerda, separando os dentes com a mão direita e colocando os dedos na boca.
“Não está bloqueado…”
O dragão negro tateou dentro da boca do outro e falou com ele mesmo. Cavaldien choramingou, mas não acordou. Pela primeira vez na vida ele colocou os dedos na boca de um ser humano. A língua era macia, úmida e escorregadia. Tentou pressioná-la duas vezes, Cavaldien respirou e acordou.
O rosto dele mostrava uma expressão incrédula; empurrou o outro e se levantou. Sua perna direita ferida de repente amoleceu. Ele caiu. Detentor do Fogo rapidamente o segurou
“Você tem uma lesão antiga? Então não se mexa, vou levá-lo para descansar”
Cavaldien se distanciou dele: “Eu não esperava que isso acontecesse. Foi tão inesperado. Tenho que ir. Tenho muito trabalho a fazer e pesquisas inacabadas…”
O dragão negro ficou um pouco desapontado. Ele não queria que o jovem fosse embora assim. Queria que aquele jovem mago ficasse um pouco mais, queria estudar os seres humanos e explorar mais o seu corpo.
“Você não vai ficar um pouco mais?”, tentou mantê-lo.
“Quer que eu fique?”, Cavaldien piscou em surpresa.
“Não pode?”
Cavaldien pegou as roupas do chão e as vestiu: “Realmente… realmente tenho que ir”, hesitou por um momento e virou-se para o dragão negro: “Posso visitá-lo novamente?”
“É claro”, Detentor do Fogo o ajudou a abotoar o casaco: “Pode vir quando quiser”
“Ninguem nunca me disse isso”, Cavaldien sussurrou, curvando o lábio e sorrindo: “O povo dragão é mais interessante”
“Seres humanos também”, Detentor pensou, ‘também quero saber mais sobre você’.
“Tem que estar preparado. Se você se enredar, não será fácil se livrar de mim. Não se arrependa no futuro”
“Arrependimento? Não tenho tal palavra no meu dicionário”
Muitos anos depois, Detentor do Fogo sentou-se na casa de Lorde Augusto, falando sobre a noite quando Cavaldien estava bêbado em sua adega e lembrou-se do que havia dito.
“Por que eu disse isso? Por que eu dormiria com ele? Isso é estranho. Aconteceu tão naturalmente. Ele deve ter usado algum truque comigo”
O Grande Mago Augusto sentou-se diante dele, bebericando uma xícara de café e folheando preguiçosamente uma revista acadêmica sobre pesquisas mágicas: “Você veio até aqui para me dizer isso? A fraqueza de Cavaldien encontra-se em seu peito? É sensível aí? Uma vez tocado, ficará fora de controle? Isso é inútil”, ele zombou.
“Prometi contar a você as fraquezas de Cavaldien”, Detentor do Fogo estava suando frio: “Estarei preso por aquele humano por décadas até que ele morra”
“Em todo caso, são apenas algumas décadas. É apenas uma questão de tempo”
“Não, não posso perder meu tempo! Estranho, o que aconteceu comigo? Deve ter sido Cavaldien que fez algo!”
Augusto folheou uma página da revista: “Da próxima vez que vier, me avise com antecedência para que eu convide uma bruxa cigana que adivinha o amor”
“Este não é um problema de amor!”
“Ah, não é mesmo?”
Detentor do Fogo ficou decepcionado. Deveria aprender com o feiticeiro e beber vinho da adega para esquecer seus problemas. Mas ele não conseguia ficar bêbado e Cavaldien o proibiu de beber muito, dizendo que beber demais faz mal à saúde.
Quão atencioso da parte dele – não, não está certo! Por que ele acha, mais uma vez, que Cavaldien ficou fofo? Por que era assim?
O dragão negro queria chorar sem lágrimas: “Depois de uma década não é o suficiente para eu entender um único humano? Seres humanos são realmente difíceis!”
Augusto semicerrou os olhos para ele e suspirou: “Não tem jeito”
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Notas finais desta Humilde Eu tradutora PtBr
Bem, cultivadores
Agradeço por chegar ao final desta leitura e também por comentar nos capítulos. Fico imensamente feliz com o retorno dado pelos leitores.
Não deixe de ler as outras obras aqui no meu site. Mais uma vez, obrigada de coração.
Até a próxima, Sorte e sucesso
(mãos em concha/ saudação)