Telling a ghost stories at my ex-boyfrend's wedding - Capítulo 11 - Repolho em flor
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- Capítulo 11 - Repolho em flor
(Nota desta Humilde Eu tradutora PtBr: o título para esse capítulo é “Flower Pig”, literalmente “Flor Porco”, mas com a leitura do texto, tentei achar um que combinasse melhor em português, considerando um belo repolhinho esperando para ser colhido, mais algumas considerações ao final do capítulo)
134.
Velho Li já tinha passado de seus 90 anos.
Deu seu último suspiro na presença de muitos de seus descendentes e sua esposa. Sua alma deixou seu corpo e ele viu um homem de meia-idade com sua maleta em baixo de seu braço e um sorriso em seu rosto em pé, diante da porta. Velho Li olhou mais uma vez para sua família e então saiu com aquele homem de meia-idade.
O caminho para o submundo era longo e tortuoso. Velho Li estava curvado, buscando por ar a cada passo do caminho e movendo-se tão lentamente como um caracol.
O homem de meia-idade o lembrou: “Tio, a alma já está fora do corpo, você pode voltar a ter a idade que quiser. Não é necessário manter a idade do momento da sua morte”.
Velho Li estava surdo e deslumbrado. Fez concha em sua orelha e perguntou: “Criança, o que você disse? Fale mais alto”.
O homem de meia-idade levantou a voz e repetiu: “Algumas das almas que eu trouxe retornaram a sua idade escolar. Um disse que se arrependia completamente por não confessar a uma garota de rabo-de-cavalo da carteira da frente que vivia encarando ele. Alguns preferiram voltar para o momento antes de dizer ‘eu aceito’ em seu casamento, argumentando que estavam melhor quando estavam solteiros. Outros voltaram antes da admissão da faculdade… em resumo, muitos deles preferiram voltar em certo momento da sua vida”.
Velho Li entendeu e apressadamente balançou as mãos: “Não, não. Minha esposa viverá mais do que eu. Quando ela vir e perceber o quão jovem me tornei, vai começar a reclamar!”
O homem de meia-idade perguntou divertido: “Tio, você não quer esperar por sua esposa na Ponte Naihe, certo?”
“Claro que tenho que esperá-la! Senão ela não encontrará ninguém quando chegar e vai começar a reclamar, mais uma vez”.
O homem pensou por um momento: “Falando sobre esperar na Ponte, lembrei de alguém…”
Velho Li tentava a todo custo ouvir com mais clareza pondo sua mão em concha nos ouvidos.
O outro moveu suavemente a cabeça: “O homem que estava prestes a tomar a Sopa de Meng Po. Quando ouviu sobre algo ou alguém, voltou correndo para o mundo. Depois de alguns dias agindo como louco e fazendo muito barulho, voltou para cá e se comportou muito bem uma vez que queria reincarnar da melhor maneira. Ninguém esperava que ele voltasse para Ponte e lá se arrependesse de alguma forma. Aquele bandido mostrou sua terrível petulância enquanto agarrava a coxa da Sra. Po, perfeitamente a vontade. Ele irritou tanto Sra. Po que ao final ela teve uma baita dor de cabeça”.
“E então?”
“Então? Quando a pessoa reencarna, todo seu ‘arquivo pessoal’ é apagado. Todos os aspectos de sua vida, as pessoas que encontrou e o impacto entre todos com os quais tenha interagido é, de alguma forma, análogo ao efeito borboleta. Essa alma não queria mais reencarnar e todos seus documentos tiveram que ser alterados. Meng Po não teve outra escolha a não ser confiar esses documentos a um mensageiro-fantasma encarregado na Ponte. Como resultado, esse mensageiro odiava que esse cara fosse mencionado”.
Ele fez uma pausa, então continuou seu relato: “O ponto chave sobre esse homem foi que seu ânimo foi se perdendo aos poucos e ostentava sua inteligência. Em todo caso, não fique passeando por ai se você não reencarnou. Seja educado e verdadeiro. Não seja uma alma solitária ou um fantasma feroz. Não fique parado na Ponte e seja enganado por algum ocupante que possa bagunçar com todo nosso trabalho. Nos últimos anos, quando Sra. Po era irritada por ele, tinha problemas a reportar… tudo isso tem se passado por uns dez anos agora, de acordo com meus cálculos. Receio que Meng Po irá adicionar algum outro”.
Velho Li perguntou curioso: “Porque ele fez tudo isso?”
O homem de meia-idade lançou um olhar complicado: “… Bem…”
(Nota dessa Humilde Eu tradutora PtBr: ficou um pouco confuso baseando apenas na tradução em inglês, mas o que dá pra perceber e que nosso fantasma não queria reencarnar de jeito algum, causando bagunça na Ponto, mesmo entrando em todos os critérios. Nos próximos parágrafos ficará um pouco mais claro)
135.
Era, na verdade, por nada. Encontrei um fantasma alguns anos depois, enquanto estava esperando por minha reencarnação. O fantasma, de fato, conhecia Su Yu e balbuciou coisas sem sentido: me disse que Su Yu havia se casado e tinha até mesmo um filho.
Claro, eu não planejava retornar ao mundo.
O que diria a ele caso retornasse novamente? Havia me invocado naquela época, especificamente, para nos casarmos. O senso de camaradagem tinha sido o bastante. Antes de casar e ter filho eu já tinha morrido por alguns anos. Estava tudo bem.
Entretanto, se ele esperava que eu fosse esquecer sobre o amável sonho que tínhamos compartilhado sobre reencarnação, era completamente impossível.
Considerei tudo isso e decidi esperar na Ponte e perguntar a ele pessoalmente, pedir que se explicasse. Se eu tinha que esperar, tinha que esperar seriamente, sem ao menos lançar um olhar para qualquer fantasma que passasse pela Ponte Naihe.
O problema foi que aqueles fantasmas mais pareciam ter um entendimento errado sobre mim: acreditavam que era um amante profundamente sentimental, lamentando por meu amado, com meu coração dolorido, ansiando por nossa reunião.
Como resultado, toda alma que passava por mim me olhava com admiração, refletindo sobre falta de carinho por seus próprios sentimentos e cheios de expressões alteradas de que não queriam beber sopa alguma para que pudessem continuar seus relacionamentos com seus amantes na próxima vida.
Meng Po declarou que tudo isso causou significante perturbação em seu trabalho, e ela me encarava todo dia, tentando descarregar sua raiva.
*Esse bebê sente-se amargo, mas esse bebê não diz.
(*Meme; imagem a seguir)
136.
Estava discutindo racional e harmoniosamente o problema com a Sra. Po:
Meng Po: “Após esperar por tantos anos, quando você partirá?”
Eu: “Não irei!”
Meng Po: “Saia daqui!”
Eu: “Não! Irei esperar mais um pouco!”
Meng Po: “Está esperando pelo que?”
Eu: “Esperando para ver quando o porco irá desenterrar meu repolho”!
(*porco desenterrando um repolho: expressão mais do que conhecida para leitores de BL, é um velho ditado chinês que diz sobre algo especial que leva tempo para crescer ou ser desenvolvido e é, repetinamente, roubado/levado embora. Bem como uma jovem dama de família que se relaciona com um bastardo, por exemplo)
Uma voz de velho soou por trás: “Jovem, está esperando pelo seu porco? Estarei esperando aqui contigo!”
Quando me virei, notei um velho curvado me encarando. Então o Grande Irmão me apresentou o Velho Li e disse que ele também esperaria por alguém na Ponte e que me faria companhia.
Estava feliz em ter a presença do Velho Li comigo. Entretanto, percebi que ele só ouvia uma palavra de cada sentença inteira e escolheria a tal palavra para continuar a conversa.
Eu: “Não um porco, estou esperando por alguém”.
Velho Li: “Ah… o porco de alguém?”
Eu: “Não é o porco de alguém. Espero por uma pessoa”.
Velho Li: “Ah… esperando por um porco?”
Eu: “Não é um porco, é uma pessoa”.
Velho Li: “Oh… um porco humano”.
Eu: “!!!”
Velho Li: “Mas… que tipo de porco? Vou ajudá-lo a ficar de olho”.
Pensei sobre isso e disse: “Alto, 1,85m, pernas longas e muito bonito”.
Velho Li: “Oh… muito bonito, de fato, e o melhor tipo de repolho em flor!”.
Talvez o Velho Li era mesmo muito amigável, fazendo com que todos os fantasma se simpatizassem com ele. Depois de um tempo, todas as almas se alinharam na Ponte Naihe espontaneamente me ajudando a encontrar o porco.
Um carregamento de porcos entrava no submundo toda vez que acontecia um massacre. Havia infinitas chamadas para mim desde o portão da Ponte, principalmente quando havia alguma Flor Porco na carga.
Eu: “… obrigado mesmo a todos… obrigado mesmo…”
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Notas desta Humilde Eu Tradutora PtBr:
– fazendo buscas simples no Google, consegui ver que o termo “Flor” e comumente usado para descrever coisas muito belas – encontramos em algumas novels o termo Flor da Classe, que destaca a menina mais bonita da sala.
– estou sem tempo hábil para poder traduzir um texto interessante que achei, mas o básico sobre Flor Porco e sobre mulheres muito bonitas que não conseguiam se manter e no final tinham que vender o próprio corpo. Assim que tiver mais tempo, faço uma tradução do texto e coloco aqui as referências.