Telling a ghost stories at my ex-boyfrend's wedding - Capítulo 8 - Cinzas de incenso
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- Capítulo 8 - Cinzas de incenso
106.
O rosto de Su Yu estava congelado e ele bateu a porta sem dizer uma só palavra. Virou-se e me encarou, seus olhos cheios de proteção.
Eu: “???”
Sou apenas um novo fantasma que morreu dias atrás. A coisa mais excessiva que eu fiz foi espionar meu ex-namorado em um encontro às cegas. Com qual intenção aquele mestre daoísta estava me caçando? Sério mesmo?
Olhei para o pirralho próximo a mim com uma expressão complicada. O pequeno demônio baixou sua cabeça com vergonha e levantou suas mãos: “… ele está procurando por mim…”
107.
O mestre daoísta recebeu diretamente a porta em sua cara, mas permanecia imperturbável. Bateu na porta novamente: “Benfeitor, sou reencarnado em diversas vidas e tenho sido daoísta em todas as gerações simplesmente para proteger o pequeno fantasma. Como acha que eu tenho conhecimento disto?”
Su Yu reabriu a porta, suas sobrancelhas franzidas: “Você disse que o tem protegido por várias gerações?”
“Sim” o mestre acenou naturalmente.
Su Yu olhou novamente para mim, com uma ponta de… raiva em seus olhos.
Eu: “…”
Este bebê está se sentindo injustiçado, mas este bebê não vai dizer nada.
108.
Su Yu disse friamente: “Agora ele é meu, você pode partir”.
Por um breve momento, o mestre daoísta parou um pouco e disse divertido: “Se você conseguir convencê-lo, ele será seu. Ainda tenho em casa o sorvete que preparei para ele. Apenas pergunte a ele se prefere seguir você ou eu”.
Dei ao pirralho um olhar para o traseiro dele, desejando poder chutá-lo porta a fora.
O pequeno demônio nem olhou para mim, quando ouviu ‘sorvete’, seus olhos se acenderam como faróis e ele arrancou pela porta, flutuando em círculos ao redor do mestre daoísta.
O mestre não olhou para ele, apenas sorriu e disse a Su Yu: “Muito bem, o fantasma foi localizado. Estamos indo juntos”.
Su Yu enrugou a testa outra vez e estendeu a mão para parar o homem: “Ei! Você não pode levá-lo embora”.
O mestre daoísta olhou de volta por um momento: “Há um ar negro entre suas sobrancelhas e parece algo que aconteceu recentemente. Isso não parece com o meu fantasma, mais parece ser um novo fantasma”.
Su Yu ficou surpreso.
O mestre daoísta bateu em seu ombro: “Contenha sua dor”.
109.
Em virtude do quão rápido o cérebro de Su Yu podia trabalhar, ele percebeu que aquilo era um mal entendido. Levantou sua mão novamente para parar o homem, enquanto perguntava: “Você pode vê-los?”
Mestre Daoísta: “Não”.
Su Yu: “Então você…”
Mestre Daoísta: “Pessoas que têm estado com você por muitos anos, mesmo que já não estejam mais vivas, ainda podem ser sentidas”.
Su Yu parou por um momento antes de assentir: “Você está certo”.
110.
O pequeno demônio foi levado pelo mestre daoísta. Su Yu entrou novamente na sala e olhou para mim: “Ainda não está disposto a admitir que voltou?”
Sua voz era tranquila, mas tingida com tristeza.
Eu me senti mal quando ouvi isso.
Pulei do gancho enquanto esticava as minhas articulações. Antes mesmo que pudesse ficar completamente de pé, Su Yu se moveu e me tomou em seus braços.
111.
O outro disse nenhuma palavra, apenas me segurou apertado, como se quisesse reduzir meus ossos em pedaços.
Um momento depois, gotas de líquido caíam em meu ombro. Era gotas quentes. Aquilo me fez estremecer.
Su Yu estava mesmo… chorando?
112.
Entrei em pânico. Conheço esse cara por tantos anos e mesmo depois que eu morri nunca o vi chorando. Até mesmo pensei que essa não soubesse como é chorar nessa vida.
E agora, obviamente eu estava de volta e essa pessoa estava em lágrimas.
A atmosfera era opressora. Me apressei em confortá-lo apenas afagando sua cabeça, mas esqueci que era apenas ossos agora. Estava nervoso, então fui dar palmadinhas nele e, de repente, uma colisão.
Houve um grande ‘bang ‘.
Ecos mortais por toda a sala.
Eu: “???”
Su Yu: “???”
113.
Fatos comprovam que não há atmosfera que não seja destruída por uma violência dessas. Olhei para o grande galo que havia aparecido na cabeça de Su Yu, sentindo-me complicado. Ele olhou para mim com um saco de gelo em suas mãos, parecendo complicado.
Havia um silêncio estranho no ar.
114.
Su Yu finalmente quebrou o silêncio um tempo depois. Nesse ponto, havia aceitado completamente de que seu grande-mestre-sugar-daddy havia se transformado em um lindo e maravilhoso esqueleto e tentou se comunicar.
Su Yu: “Você pode falar?”
Balancei minha cabeca.
Su Yu: “Então eu falo e você faz sinais, ok?”
Assenti com a cabeça.
Su Yu: “Há quanto tempo está de volta?”
Pensei sobre isso: Três (sinal)
Imaginei que ele continuasse a fazer uma porção de perguntas, mas simplesmente assententiu com um aceno de cabeça e parou de falar.
A atmosfera afundou, novamente, em uma estranha tranquilidade.
Depois de um tempo, Su Yu levantou-se e disse: “Vou cozinhar alguma coisa”.
115.
Desde que eu não poderia mais comer, porque esse cara fez todos esses pratos? E são todas minhas comidas favoritas.
A mesa estava repleta de comidas perfumadas: costela assada, camarões no sal e pimenta, peito de frango ao molho de tomate, peixe no vinagre… salivava só de ver tudo isso.
Justo quando estava prestes a beliscá-lo até a morte para descarregar meu ódio, notei que Su Yu apareceu com um queimador de incenso e jogou as cinzas na comida.
Em um instante, todos os pratos se tornaram comestíveis para mim. Antes eu podia apenas sentir a fragrância deles, agora podia mesmo comê-los.
Su Yu pegou uma tigela e seus pauzinhos e começou a comer, mesmo com as cinzas sobre elas.
… comendo dessa maneira… não estará se envenenando?
116.
Olhei para ele em choque enquanto ele comia, com receio de que repentinamente desmaiasse no chão, espumando pela boca – como eu ligaria para a Emergência? Mesmo se conseguisse ligar, quando aqueles grandes anjos de branco vissem um esqueleto dando uma respiração boca-a-boca em Su Yu, não seria uma cena mágica? Até os paramédicos desmaiariam de uma vez. De forma alguma, fora de questão.
Sin… sin…
No momento em que eu imaginava os anjos de branco nesse grande impasse, Su Yu de repente baixou sua tigela e seus pauzinhos.
Daí, com a boca cheia de arroz, olhou para o esqueleto à sua frente. Sua voz era calma enquanto dizia: “Vamos nos casar”.
Minha tigela juntamente com meus pauzinhos caíram no chão e rolaram para algum lugar distante.
Eu: “…”
… você-você-você… diga isso novamente…