The Dragon and the ‘Princess’ - Capítulo 2 – Curativo
Porque estivera à deriva no mar por um longo período, Eudora não percebeu que sua perna estava ferida. Não foi até que, querendo trocar suas roupas úmidas que já estavam um pouco desconfortáveis, quando descobriu uma bolha branca.
Quem sabe onde o dragão encontrou, mas foi dado a ele uma camisola branca e pura. Uther insistiu para que o outro não usasse calças em cima de sua lesão e entregou-lhe esse vestido branco rendado. Eudora sentiu que haveria outras intenções por trás disso, mas não rejeitou a proposta de Uther.
Dando uma olhada cuidadosa no ferimento, o dragão disse a ele que poderia demorar um pouco mais de um mês para estar curado, e quando estivesse bem, partiria para o continente através do mar com ele. Por enquanto, o dragão foi buscar algumas ervas e comida na floresta, entregando-lhe um cristal transparente. Ele disse ao outro para quebrar se surgisse alguma emergência, fazendo com que Uther voltasse imediatamente. Após explicar isso, o dragão saiu, pulando pelo precipício, rapidamente se transformando em sua forma original e voando para uma longa distância.
Na caverna, Eudora deitou-se no pelo macio, observando a luz que emanava do cristal em sua mão. De repente, lembrou de algo e buscou nos bolsos de seus trajes. Buscava uma escama de dragão. Era algo que, em suas recordações, seus pais tinham passado para ele muito cedo. Eles disseram que foi presenteado a ele pelo casal dragão que o ajudou e sempre o manteve por perto, mesmo depois de tantos anos. Ele colocou o cristal transparente e a escama de dragão juntos enquanto sua mente se dirigia a Uther. Sentiu que era um dragão bom e compassivo. Depois que voltasse para o palácio, permitiria que seus pais dessem recompensas em dinheiro a ele. Pensando nisso, ele logo adormeceu.
Eudora, mais tarde, acordou com uma dor na perna. Uther tinha trazido um pouco de água, ervas e frutas silvestres. Estava sentado ao lado da cama, moendo as ervas.
Depois de perceber que o outro acordou, molhou um pano limpo na água. Uther deu a Eudora algumas frutas, enquanto se sentava na cama: “Isso é muito doce, use para suprir sua fome primeiro. Devido à sua lesão, não deve comer nada muito pesado, por enquanto. Quando estiver curado, vou lhe trazer carne de coelho. Agora, vou fazer um curativo em você. Pode doer no começo, mas por favor, tenha paciência”.
A fruta foi aceita e Eudora, obedientemente, comeu em pequenas mordidas, permitindo que Uther segurasse sua perna direita. Ele era muito tímido, então os dedos de seus pés estavam ligeiramente enrolados, fazendo seu pé parecer redondo e bonito. O dragão olhou para baixo em suas mãos e se perguntou o que aconteceria se lambesse uma linha dos dedos dos pés até as coxas.
Sentindo-se incomodado com seus próprios pensamentos desagradáveis, Uther rapidamente limpou a pele ao redor da ferida com um pano. ‘Sua pele é extremamente pálida e bonita. Até seu tornozelo é tão fino que é possível envolvê-lo com uma mão. Aposto que uma tornozeleira vermelha com um sino dourado em minha posse ficaria ótimo em torno dele. A camisola que ele adornava também ficou maravilhosa nele. Pensei que teria recusado, mas o pequeno príncipe realmente é muita provocação. Devo deixa-lo experimentar o vestido preto amanhã’.
Uther começou a fazer mais planos com segundas intenções em seu coração enquanto Eudora alimentava-se com o remédio. Sem perceber, seus pensamentos já tinham sido completamente inconsistentes com seus próprios princípios de dragão cavalheiro. Enquanto ele ainda estava pensando em qual vestido – o azul escuro ou o vermelho decotado? – ficaria mais bonito na beldade, Eudora retraiu os pés. No coração de Uther um vazio cresceu e sentiu uma perda inexplicável. Olhando para cima, verificou-se que já havia terminado de enfaixar a ferida. Será que realmente fez isso tão rápido? Ainda não tocou o suficiente, deveria ter ido mais devagar. Uther se arrependeu, um pouco, de suas ações.
Enquanto isso, Eudora não tinha percebido os vários pensamentos que flutuavam na mente de Uther. Apenas, silenciosamente, comentou consigo mesmo que o senhor dragão realmente adorava estar distraído o tempo todo, apesar de ser uma pessoa tão cuidadosa e gentil: “Obrigado, Sr. Dragão Negro. Você é realmente muito gentil. Quando eu chegar em casa, devo lembrar-me de retribuir-lhe bem”.
Uther, que foi chamado de bom dragão, só respondeu que era o mínimo que podia fazer por alguém tão bonito, foi quando ele se virou para sair. Precisava de tempo para se acalmar e pensar mais sobre a pequena beldade. Afinal, ele percebeu que não era bom estar em torpor o tempo todo na presença de Eudora.
O príncipe enterrou o rosto no pelo grosso imediatamente após o dragão sair. O Sr. Dragão Negro parecia tão bonito quando sorria, quase não conseguia manter uma cara séria na frente dele. Eudora acariciou suas bochechas, que ficaram rosadas, tentando se acalmar, sem sucesso. Pensando no dragão negro, enfaixando sua ferida só fez o rosa em seu rosto se espalhar por todo o seu corpo.